Estela, Vanda, Luíza, Dilma Pasadena: Muitos Nomes, Uma Obsessão!
Estela, Vanda, Luíza, Dilma Pasadena: Muitos Nomes, Uma Obsessão!
A vida da presidente Dilma Pasadena não fora nada monótona. Partícipe de três movimentos guerrilheiros, presa e torturada por membros dos órgãos de repressão, ela, segundo depoimentos de ex-companheiros (maridos), lia muito livros de Marx e Engels e de outros teóricos do comunismo. Nada demais. Eu também os li. Eles faziam realmente a cabeça dos jovens. E influenciavam-nos com promessas de um mundo melhor, uma vez superadas as contradições políticas do capetalismo.
Por que não participei de movimentos ditos subversivos? Oportunidades não faltaram. Preso para averiguação e torturado no QG do DOPS, Lapa, Rio de Janeiro, eu via a realidade da condição humana muito mais forte do que a realidade da aventura ideológica. Eu pensava (ainda penso) que a sociedade sob comando, comunicação e controle do Estado, com suas instituições políticas, econômicas, empresários, profissionais liberais, forças armadas, atreladas a um governo centralizador e autoritário, seria muito pior do que sob as instituições capetalistas, supostamente subjugadas aos representantes pra lamentares e ao presidencialismo de alfaia.
DOI-CODI — Destacamento de Operações e Informações — Centro de Operações de Defesa Interna (“A Casa da Vovó”), metáfora do matriarcado repressor, era a instituição encarregada de investigar os movimentos ditos subversivos. A identificação de seus agentes era amarela encimada com a sigla “Ministério do Exército — Serviço de Segurança”. Seus agentes, subordinados ao Centro de Inteligência do Exército (CIEx), por sua vez submetidos ao Gabinete Militar e à presidência da República. Tinham acesso a qualquer dependência de órgãos públicos municipais, estaduais e federais. Costumavam procurar comunistas até dentro das gavetas de escrivaninhas. Paranoicos ao extremo, se apresentavam em grupos de cinco e armados (pistola 45 entre outras).
O humor negro e o sadismo estão na origem da sigla. Os agentes chegavam a um lugar e, encontrando seu acesso fechado, costumavam berrar: “abre logo essa porta idiota, ou tu vai levar pau até berrar “DOIiiii-me-a-CODI”. No DOPS os agentes do DOI-CODI usavam a “cadeira do Dragão” para aplicar choques nos genitais das vítimas, assim como costumavam recorrer ao estupro contra mulheres presas e torturadas. Dilma Pasadena esteve em sessões de tortura.
Talvez por isso, em seu foro íntimo, não falte à Dilma Pasadena motivos para a humilhação pública dos militares. A exemplo do desfile de 7 de Setembro quando forçou-os a desfilar apenas para ela e seus convidados de palanque e arquibancada na Esplanada dos Ministérios cercada pelo “Muro da Vergonha” erguido com placas de aço.
Por que a presidente Pasadena precisa sair do Planalto o mais rápido possível? Porque tudo que ela faz é interpretado pela sociedade brasileira como sendo uma consequência de sua ira irreversível contra a coerção punitiva que na época em que fora presa sujeitou-a aos vexames contumazes das forças de repressão. Certo é que sua mente esteve e está sob o poder obscuro e obsecrante das teorias marxistas. Ela pressegue ceguinha. Ou melhor: comunista de carteirinha.