ELES NÃO LEEM A BÍBLIA
Cheguei em Boa Vista com a esperança de poder esticar até á Venezuela, cuja fronteira fica a pouco mais de cem quilômetros da capital de Roraima. Mas fui desaconselhado de ir lá por duas razões. Primeiro por que as chuvas, regulares nesta época do ano por lá, haviam interditado a estrada que liga Boa Vista á Santa Helena, cidade venezuelana fronteiriça. Segundo por que as coisas andam tão inseguras no país vizinho que atravessar a fronteira tornou-se uma aventura perigosa, segundo me disseram os amigos que moram na região.
Pobre Venezuela. O que aconteceu para que um país tão promissor regredisse tanto? Visitei esse país em 1986 para participar de um seminário de técnicas alfandegárias que se realizava em Caracas. Adorei o povo venezuelano. Havia nele um grande orgulho pela sua pátria e uma fundamentada esperança no futuro. Aliada a um bom desempenho da economia, alavancada pelos altos preços do petróleo, a Venezuela se apresentava como um dos países mais promissores da América Latina, pois tinha (e ainda tem) uma imensa reserva petrolífera, dizem, maior até que a dos árabes.
Infelizmente duas coisas aconteceram para levar a Venezuela aos rumos inquietantes de hoje. Primeiro a queda violenta dos preços do petróleo. Principal produto do país, o petróleo era responsável por mais da metade dos ingressos financeiros da Venezuela. E como a grande maioria dos países do terceiro mundo, seus administradores esquerdistas não leem a Bíblia. Por isso não aprenderam a lição do patriarca José, o bíblico administrador judeu do Egito faraônico, que soube poupar nos anos de vacas gordas para ter o que gastar nos anos de vacas magras. Na América Latina é sempre assim. Quando a grana está entrando os governantes esbanjam os recursos com programas sociais de cunho eleitoreiro e obras faraônicas, propícias ao subfaturamento e destinadas a enriquecer uns poucos. Não aproveitam para criar uma infraestrutura capaz de alavancar um desenvolvimento sustentável. Dai, quando a mina começa a secar, não há reservas que sustentem a vida fácil e enganosa que esses políticos populistas e mistificadores prometem ao povo.
Em segundo lugar, essa é exatamente a tragédia da Venezuela. Enganada pelo discurso populista de um caudilho histriônico, reacionário e fascistóide, a Venezuela mergulhou numa política chauvinista e retrógada, como é a tal república bolivariana implantada pelo inefável “comandante” Hugo Chaves e seguida á risca pelo ridículo charlatão Nicolás Maduro. E hoje o povo venezuelano, que há vinte anos sonhava com um futuro promissor, não consegue encontrar nas gôndolas dos supermercados nem os produtos básicos que precisa para viver. Pressionado por uma alta taxa de desemprego, uma inflação galopante e uma retração econômica que provoca até o desabastecimento de produtos da cesta básica, o povo venezuelano está no limite do desespero. Eis no que deu o sonho bolivariano de Hugo Chaves e seus seguidores. E espanta-nos o fato de que essa ideologia de pobreza, autoritarismo, corrupção e cerceamento da liberdade tenha tantos seguidores por aqui, contando inclusive com a simpatia de líderes políticos tão importantes como o Lula e a própria presidenta Dilma.
Pena não poder ter ido á Venezuela. De volta á São Paulo minha primeira prece será para que os nossos irmãos venezuelanos se libertem logo dessa febre “bolivariana” que está produzindo tanta desgraça nesse belo país. E que esse vírus seja logo extirpado do no nosso país, para que o Brasil de amanhã não seja a Venezuela de hoje.
Cheguei em Boa Vista com a esperança de poder esticar até á Venezuela, cuja fronteira fica a pouco mais de cem quilômetros da capital de Roraima. Mas fui desaconselhado de ir lá por duas razões. Primeiro por que as chuvas, regulares nesta época do ano por lá, haviam interditado a estrada que liga Boa Vista á Santa Helena, cidade venezuelana fronteiriça. Segundo por que as coisas andam tão inseguras no país vizinho que atravessar a fronteira tornou-se uma aventura perigosa, segundo me disseram os amigos que moram na região.
Pobre Venezuela. O que aconteceu para que um país tão promissor regredisse tanto? Visitei esse país em 1986 para participar de um seminário de técnicas alfandegárias que se realizava em Caracas. Adorei o povo venezuelano. Havia nele um grande orgulho pela sua pátria e uma fundamentada esperança no futuro. Aliada a um bom desempenho da economia, alavancada pelos altos preços do petróleo, a Venezuela se apresentava como um dos países mais promissores da América Latina, pois tinha (e ainda tem) uma imensa reserva petrolífera, dizem, maior até que a dos árabes.
Infelizmente duas coisas aconteceram para levar a Venezuela aos rumos inquietantes de hoje. Primeiro a queda violenta dos preços do petróleo. Principal produto do país, o petróleo era responsável por mais da metade dos ingressos financeiros da Venezuela. E como a grande maioria dos países do terceiro mundo, seus administradores esquerdistas não leem a Bíblia. Por isso não aprenderam a lição do patriarca José, o bíblico administrador judeu do Egito faraônico, que soube poupar nos anos de vacas gordas para ter o que gastar nos anos de vacas magras. Na América Latina é sempre assim. Quando a grana está entrando os governantes esbanjam os recursos com programas sociais de cunho eleitoreiro e obras faraônicas, propícias ao subfaturamento e destinadas a enriquecer uns poucos. Não aproveitam para criar uma infraestrutura capaz de alavancar um desenvolvimento sustentável. Dai, quando a mina começa a secar, não há reservas que sustentem a vida fácil e enganosa que esses políticos populistas e mistificadores prometem ao povo.
Em segundo lugar, essa é exatamente a tragédia da Venezuela. Enganada pelo discurso populista de um caudilho histriônico, reacionário e fascistóide, a Venezuela mergulhou numa política chauvinista e retrógada, como é a tal república bolivariana implantada pelo inefável “comandante” Hugo Chaves e seguida á risca pelo ridículo charlatão Nicolás Maduro. E hoje o povo venezuelano, que há vinte anos sonhava com um futuro promissor, não consegue encontrar nas gôndolas dos supermercados nem os produtos básicos que precisa para viver. Pressionado por uma alta taxa de desemprego, uma inflação galopante e uma retração econômica que provoca até o desabastecimento de produtos da cesta básica, o povo venezuelano está no limite do desespero. Eis no que deu o sonho bolivariano de Hugo Chaves e seus seguidores. E espanta-nos o fato de que essa ideologia de pobreza, autoritarismo, corrupção e cerceamento da liberdade tenha tantos seguidores por aqui, contando inclusive com a simpatia de líderes políticos tão importantes como o Lula e a própria presidenta Dilma.
Pena não poder ter ido á Venezuela. De volta á São Paulo minha primeira prece será para que os nossos irmãos venezuelanos se libertem logo dessa febre “bolivariana” que está produzindo tanta desgraça nesse belo país. E que esse vírus seja logo extirpado do no nosso país, para que o Brasil de amanhã não seja a Venezuela de hoje.