A TRAIÇÃO DO LULA, OU A VINGANÇA DOS TRAÍDOS.
Uma das canções mais expressivas que eu me lembro era aquela composição do Belchior, “Como nossos pais”, grande sucesso gravado pela Elis Regina. Nessa canção há um verso que diz “ Hoje eu sei que quem me deu a ideia de uma nova consciência e juventude, está em casa, guardado por Deus, contando o vil metal (...).
Belchior estava falando dos ídolos dos anos sessenta, que fizeram a cabeça da juventude daquela época. Daniel Cohn- Bendit, líder estudantil que sacudiu a França com sua onda de protestos, Bob Dylan e os Beetles com suas canções, Peter Kerouac e Alen Ginsberg com seus poemas, a tchurma de Woodstock. E ele cantava o seu desencanto pelo fato de tudo aquilo não ter mudado nada, porque, anos depois, o que parecia ser tão novo tinha se tornado tão velho. E ele terminava a canção com o melancólico verso “ ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais...”
Evoquei essa canção pensando no Lula. Na esperança que ele nos deu de que tudo poderia ser diferente na política brasileira, e que com ele e o PT no poder, nunca mais veríamos os Sarneys, os Colllors, os Barbalhos, os Renans , Mallufs, Garotinhos, Lobão e que tais pilhando os cofres públicos e rindo da nossa cara a cada quatro anos.
Mas o que fez o Lula tão logo subiu a rampa do Palácio do Planalto? Simplesmente a mesma coisa que o Collor, o Fernando Henrique, o Sarney e os outros fizeram. Gostou da “fruta” e passou a comê-la com maior sofreguidão até que os seus antecessores. Gostou tanto que resolveu montar um esquema para ficar por lá, por si mesmo, ou por um marionete seu, por longos e longos anos.
Como disse o Dr. Goebbels, o sinistro Ministro da Propaganda do Hitler, quando ele assumiu a chancelaria da Alemanha, “ agora que tomamos a chancelaria, eles terão que carregar nossos cadáveres para fora, se quiserem tirar a gente daqui.” Foi mais ou menos o que disse o João Santana, uma reencarnação do Dr. Goebbels e foi mais ou menos o que o Zé Dirceu, um sucedâneo do Heinrich Himmler, o poderoso chefe da SS, fez. As tropas de choque que Hitler montou para defenestrar seus inimigos foi ressuscitada pelo Zé Dirceu com o Mensalão. Ainda bem que não deu certo. As SS do Dirceu queriam comer o bolo sozinhos e acabaram sendo detonados pelos próprios cúmplices.
O poder corrompe qualquer um. E o poder sem limites corrompe muito mais. Lula traiu o povo que acreditou nele da forma mais vil e cruel. Trocou a pinguinha e a Brahma casco escuro do fim da tarde nos bares do ABC pelo Johnny Walker dezoito anos do happy hour nos restaurantes do Lago em Brasília. Trocou a Brasília amarela e o frango com farofa pelos carrões de luxo e os jantares regados á lagosta e vinho branco no Itamarati e nos gabinetes atapetados dos grandes empresários e empreiteiras. E uma visitinha ás praias de Santos, um fusquinha e um almocinho num restaurante pelo menos uma vez por mês era o que ele pregava como direito que todo brasileiro tinha de usufruir.
Tenho direito de estar desiludido com o Lula e com o PT porque também tive essa esperança. Também, como Belchior, desiludido com seus ídolos, que “ estão em casa, guardados por Deus contando o vil metal”, sinto que fui vilmente traído em minhas esperanças e ilusões.
Mas na minha desilusão não vou cantar a música do Belchior. Vou chamar a Linda Batista para cantar para o Lula e a turma do PT aquele hino de todos os traídos: que diz: “ Só vingança, vingança, aos santos clamar. Você há de rolar como as pedras, que rolam na estrada. Sem ter nunca um cantinho de seu, pra poder descansar.”
...
Uma das canções mais expressivas que eu me lembro era aquela composição do Belchior, “Como nossos pais”, grande sucesso gravado pela Elis Regina. Nessa canção há um verso que diz “ Hoje eu sei que quem me deu a ideia de uma nova consciência e juventude, está em casa, guardado por Deus, contando o vil metal (...).
Belchior estava falando dos ídolos dos anos sessenta, que fizeram a cabeça da juventude daquela época. Daniel Cohn- Bendit, líder estudantil que sacudiu a França com sua onda de protestos, Bob Dylan e os Beetles com suas canções, Peter Kerouac e Alen Ginsberg com seus poemas, a tchurma de Woodstock. E ele cantava o seu desencanto pelo fato de tudo aquilo não ter mudado nada, porque, anos depois, o que parecia ser tão novo tinha se tornado tão velho. E ele terminava a canção com o melancólico verso “ ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais...”
Evoquei essa canção pensando no Lula. Na esperança que ele nos deu de que tudo poderia ser diferente na política brasileira, e que com ele e o PT no poder, nunca mais veríamos os Sarneys, os Colllors, os Barbalhos, os Renans , Mallufs, Garotinhos, Lobão e que tais pilhando os cofres públicos e rindo da nossa cara a cada quatro anos.
Mas o que fez o Lula tão logo subiu a rampa do Palácio do Planalto? Simplesmente a mesma coisa que o Collor, o Fernando Henrique, o Sarney e os outros fizeram. Gostou da “fruta” e passou a comê-la com maior sofreguidão até que os seus antecessores. Gostou tanto que resolveu montar um esquema para ficar por lá, por si mesmo, ou por um marionete seu, por longos e longos anos.
Como disse o Dr. Goebbels, o sinistro Ministro da Propaganda do Hitler, quando ele assumiu a chancelaria da Alemanha, “ agora que tomamos a chancelaria, eles terão que carregar nossos cadáveres para fora, se quiserem tirar a gente daqui.” Foi mais ou menos o que disse o João Santana, uma reencarnação do Dr. Goebbels e foi mais ou menos o que o Zé Dirceu, um sucedâneo do Heinrich Himmler, o poderoso chefe da SS, fez. As tropas de choque que Hitler montou para defenestrar seus inimigos foi ressuscitada pelo Zé Dirceu com o Mensalão. Ainda bem que não deu certo. As SS do Dirceu queriam comer o bolo sozinhos e acabaram sendo detonados pelos próprios cúmplices.
O poder corrompe qualquer um. E o poder sem limites corrompe muito mais. Lula traiu o povo que acreditou nele da forma mais vil e cruel. Trocou a pinguinha e a Brahma casco escuro do fim da tarde nos bares do ABC pelo Johnny Walker dezoito anos do happy hour nos restaurantes do Lago em Brasília. Trocou a Brasília amarela e o frango com farofa pelos carrões de luxo e os jantares regados á lagosta e vinho branco no Itamarati e nos gabinetes atapetados dos grandes empresários e empreiteiras. E uma visitinha ás praias de Santos, um fusquinha e um almocinho num restaurante pelo menos uma vez por mês era o que ele pregava como direito que todo brasileiro tinha de usufruir.
Tenho direito de estar desiludido com o Lula e com o PT porque também tive essa esperança. Também, como Belchior, desiludido com seus ídolos, que “ estão em casa, guardados por Deus contando o vil metal”, sinto que fui vilmente traído em minhas esperanças e ilusões.
Mas na minha desilusão não vou cantar a música do Belchior. Vou chamar a Linda Batista para cantar para o Lula e a turma do PT aquele hino de todos os traídos: que diz: “ Só vingança, vingança, aos santos clamar. Você há de rolar como as pedras, que rolam na estrada. Sem ter nunca um cantinho de seu, pra poder descansar.”
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