Quanto tempo, desta vez, Sr. Reinan Calheiros, vai durar essa sua "lua-de-mel" com o PT ?
Lá pelos idos de nossa adolescência (ih, já faz é tempo, viu?), o PMDB (até então, MDB), tendo como impoluto presi-
dente o Sr. Ulisses Guimarães, era um partido verdadeiramente ético
e, por consequência, respeitado até pelos ferrenhos adversários.
Com a morte dele e de outras figuras tão sérias
quanto ele, o partido começou a se desviar daquele princípio ético ,
passando a exibir, sem a menor cerimônia, o seu (único) lado fisiológico, alimentado não mais por interesses partidários, mas por interesses estritamente pessoais.
Não conseguindo emplacar seus novos líde-
res como presidente da república, o partido optou por trilhar o caminho mais cômodo : tornar-se um satélite de partidos que mais se identificavam com o povo (no caso, o PT), porém, impondo um preço
para apoiá-los.
E as seguidas gestões do Sr. Reinan fizeram a-
centuar mais ainda todo esse fisiologismo : seus simpatizantes e apa-
drinhados sempre escolhidos para altos cargos e com remuneração invejável.
Ocorre, porém, que esse Sr.Reinan - parece que
a presidente ainda não se deu conta disso - não é o tipo de pessoa e
político confiável, a ponto de com ele ela firmar algum tipo de coliga-
ção ou de contar com seu apoio partidário (se bem que à presidente -
ora, tão mal avaliada pelos brasileiros - não pode prescindir desse a-
poio "crítico". Literalmente crítico.
Bastou, há pouco tempo, ele imaginar que "tinha o dedo" do PT na inclusão de seu nome nesse escabroso episó- dio do petrolão para ele, de uma hora para outra, se insurgir contra
o PT e mostrar a sua outra cara, aliás, a verdadeira cara : de não confiável. Passou, a partir de então, a ser o representante da opo- oposição à presidente, postando-se frontalmente contra todos os projetos vindos do Executivo para análise e encaminhamento pelo Senado, a ponto mesmo de até devolver um deles para ser refeito
pelo executivo.
Essa transitória postura irascível dele, nova-
mente "chegou ao fim", quando, após um encontro recente com a presidente, conseguiu dela a indicação de mais um apadrinhado seu
para ministro do (salvo engano) STF.
A partir de então, A os dois (ele e a presiden-
te Dilma) mais parecem um casal de recém-comprometidos entre si : só troca de gentilezas, dentre elas, a apresentação, por ele, de um conjunto de "projetos integrantes da (chamada) PAUTA POSITIVA", para ver se (ambos) conseguem minorar as terríveis consequências
dessa crise que, lamentavelmente, não apresenta perspectiva de re-
versão a curto ou médio prazos.
Aí, voltamos à pergunta objeto desta publica-
ção :
Até quando essa nova "lua-de-mel" com o
PT, Sr. Reinan?
Conhecendo-o como o Brasil passou a co-
nhecê-lo, para que essa lua-de-mel "azede", basta que qualquer um
de seus futuros (e ele é insaciável neste sentido) pleitos não poder
ser atendido pela presidente.
(Triste Brasil...)