NÃO TEM CAVALO QUE AGUENTE
A Dilma pede sacrifício para o povo, mas ela mesma não quer fazer nenhum. Até agora não falou nem fez plano algum, ou sequer propôs cortar as próprias despesas do governo. O seu governo tem 39 ministérios além de um monte de secretarias e outras parafernálias burocráticas que nem Deus sabe para o que servem. Os Estados Unidos, com todo seu poder e grandeza econômica, têm 15 ministérios. Para que a Dilma precisa de tantos ministérios e secretárias? Para dar cargos para os seus aliados, naturalmente. Porque para prestar serviço ao país é que não é.
Dilma criou um gigantesco jugernaut (monstrengo) burocrático, do qual agora é prisioneira. Ela não consegue desmontar essa infernal máquina burocrática que o PT montou para abrigar e pagar salários polpudos aos seus integrantes e amigos, os quais, no fundo, só servem mesmo para arrumar financiamento para campanhas políticas e cabalar votos para os candidatos petistas e aliados.
Alguém sabe o que faz o Ministério do Desenvolvimento Agrário se já existe um Ministério da Agricultura que cuida dos assuntos dessa pasta? E o Ministério da Segurança Institucional se já existe um Ministério da Defesa? E o Ministério dos Assuntos Estratégicos se já temos um Ministério do Planejamento? Para que um Ministério para cuidar dos direitos humanos se, na prática essa é uma questão de  justiça, e já temos um Ministério que cuida desses assuntos? E o que fazem os Ministérios da Indústria e Comércio e o Ministério das Pequenas e Médias Empresas?
Na prática há, no mínimo, uns quinze ministérios que andam fazendo as mesmas coisas. Ou, o que é mais certo, não fazendo absolutamente nada. E haja mesas e prédios públicos para abrigar tantos funcionários ociosos, que no fim das contas, acabam mais é atrapalhando uns aos outros.
Se a Dilma, num lampejo de bom senso e verdadeiro comprometimento com a saúde financeira do país, de repente criasse coragem e fechasse pelo menos uns vinte desses ministérios, com certeza a máquina pública ficaria mais enxuta e bem mais eficiente. Mas ela não vai fazer isso: primeiro por que seu partido, o principal beneficiário das ricas sinecuras que existem no serviço público, não vai deixar; segundo porque, se ela fizer isso vai perder o restante do poder que ainda detém junto aos políticos aliados, porque são eles que indicam os ocupantes dessas sinecuras.
Se alguém quer saber por que o Brasil precisa de tantos ministérios e (des)servidores públicos, a única resposta está no modelo de administração que o PT adotou. Um modelo ideológico de governo, no qual o estado deve ser um “provedor” dos menos favorecidos. Entre estes estão, é claro, em primeiro lugar, os próprios militantes do partido e seus aliados. Para o povão cestas básicas, vale isso, vale aquilo, esmolas e programas sociais enganadores; para os seus militantes, empregos com polpudos salários.
Aconteceu o mesmo na Rússia quando os bolchevistas substituíram o tirânico regime dos tzares pela ditadura do proletariado. Todo mundo virou empregado do estado. Sobrou muito pouca gente para trabalhar de verdade. Atualmente a China é um dos poucos países que tem mais ministérios e funcionários públicos que o Brasil. Até se justifica, pois a China tem uma população cinco vezes maior que a do Brasil. E uma economia também cinco vezes maior. Mas até os chineses já estão fazendo uma revisão nisso. A Dilma e o PT, se quisessem mesmo prestar um serviço ao país, deveriam ser os primeiros a fazer o sacrifício.  Não há cavalo que aguente carregar tanto peso. Principalmente quando tem que atravessar um deserto.