A POLÊMICA DA CONTINÊNCIA

Por Fernando Alberto Araujo

Temos falado insistentemente do Brasil que não dá certo, das coisas que nos envergonham, das circunstâncias que minam as forças da nossa nação, especialmente a corrupção. Quando finalmente encontramos o Brasil que dá certo no esforço dos atletas militares, os quais, em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro, logram êxito na conquista de medalhas para o País, honrando a nossa Bandeira. Falando em Bandeira sua honra não tem sido prestada apenas pelas medalhas, mas por gestos em forma de continência, mostrando respeito e patriotismo.

Por outro lado, vimo-nos forçados a voltar ao contexto negativo da nação, tendo em vista as manifestações em sentido contrário ao ato dos atletas militares, estranhando o ato de respeito e honra pelos mesmos protagonizados nas cerimônias de entrega de medalha no Canadá.

Ora, estes atletas se esforçam, são integrados às forças armadas de nossa nação que deveriam ser motivo de orgulho para todos nós, conquistam os seus objetivos que é o de uma representação esportiva de qualidade em nossa nação e os recalcados e ideológicos de esquerda em nossa nação enfatizam a não propriedade dos atos de continência?

Pois bem amigos, não sou militar nem filho de militares, no entanto estudei em escola militar em pelo menos 3 anos de minha vida, no CMBH em Belo Horizonte. Nos idos de 1979 estava lá vivendo e percebendo a força do empenho esportivo e ético nas filieiras estudantis. Vi al emergir atletas para os esportes e homens para a vida. Sofri os efeitos da inadequação à disciplina do mesmo ambiente porque questionava as posturas disciplinares e de conduta exigidas aos alunos. Fui convidado a me retirar da instituição, não podendo dar ali continuidade aos meus estudos, isto porque minha conduta como aluno era considerada inadequada. E quer saber? ERA MESMO.

Era de nossa parte exigido o fardamento exemplar, em dia com a boa higiene, com demonstração de respeito pelas autoridades e pela nação. A ênfase familiar estava presente em todos os bons conselhos. O currículo escolar aprofundado e de qualidade. Lembro-me também dos muros pixados pelos movimentos sociais revolucionários que sujavam as paredes dos viadutos e muros com inscrições referentes ao pensamento democrático e "socialista". Estes movimentos estavam "curiosamente" ligados aos clamores por maior "liberação" e "menos repressão". Liberação sugeria liberdade de expressão, inclusive sexual e do uso de drogas, na cauda do cometa conceitual advogado por "Woodstock", na linha do sexo, drogas e Rok'inrool.

De lá pra cá chegamos à "democracia", às diretas, à Nova Constituição, e ao revanchismo da "Comissão da Verdade" pela presença da esquerda no poder nacional. Hoje, assim como temos um "anti-americanismo" gratuito e barato, coisa de gente menor, temos um "anti-militarismo" que se pretende forte, a fim de desonrar todos os contextos de sua ação, usando como base as páginas da história relacionadas à prática da tortura e morte em tempos de guerra. Parcialista, esta "Comissão da Verdade" desqualifica e esquece os atos de terrorismo e crime, cometidos inclusive pela Presidente que ainda está no poder. Verdade parcial jamais será verdade, e o povo sabe disto. Estão aí as falas de sua "presidenta" em época eleitoral para prová-lo.

Particularmente prefiro ver as continências prestadas pelos militares em todas as suas instâncias, sejam escolares ou nos quartéis, nas cerimônias públicas ou nas ruas. Prefiro sua saudação de honra hierárquica e de respeito, do que ter a hierarquia dos "companheiros", os quais demonstram o desprezo ao conceito hierárquico, mas o efetivam em suas lides partidárias e governamentais sem nenhum pudor, inclusive no trato inter-institucional. Hierarquia que é boa quando o poder lhes pertence.

Prefiro os discursos militares de respeito à pátria, respeito à cidadania, de verdadeira defesa à soberania da nação, do que a saudação à mandioca que agride o verdadeiro "HOMO-SAPIENS" e em nada dignifica a mulher que neste país, emancipada que é, jamais desejaria ver-se inserida num contexto definidor inexistente. ( Se ficou difícil de entender o que eu quis dizer aqui, peça inbox que lhe explico)

Distante dos círculos militares, embora saudoso e ao mesmo tempo reverente, presto aqui a MINHA CONTINÊNCIA por meio deste texto. Endereçada seja pois aos militares todos, aos formadores de atletas nos quartéis e fora deles, aos próprios atletas que se orgulham de sua bandeira verde-amarela e que prestam honra às cores certas do coração do nosso povo.

À Bandeira, ao Hino, à nação, meu respeito e meu orgulho sempre. O vermelho nesta pátria só o do sangue derramado por Jesus, que torna a alma do homem mais alva do que a neve. Este vermelho não provoca a divisão de classes e os conflitos armados. Está escrito que aqueles que lavam as suas vestes no Sangue do Cordeiro serão embranquecidos, terão as suas almas mais alvas do que a neve. Neve é branca e branco fala de paz. Que o Vermelho de Jesus traga paz para a nação.

Em tempo, há coisas mais graves a se falar do que acerca das continências ... Quem sabe sobre o destino daqueles que odeiam as continências mas amam a incontinência e ausência de sobriedade?