Toma que o filho é teu...
Lembro como se fosse hoje! Eu, um mísero arataca, mas também um muito orgulhoso “Cadete do Ar” do Segundo Ano do Curso de Oficiais Aviadores, em busca de um lugar ao sol, sempre temeroso de ser desligado e voltar de cabeça baixa pra minha rua de terra batida na minha querida Belém do Pará, onde eu, cadete-aviador, era o rei da “cocada preta”, futuro “Oficial da FAB”, etecetera e tal e coisa e coisa e tal, quando, sem tocar preparar, Jânio renuncia! -- Foi um “pega pra capar!” Horas e horas de sono perdidos, na mais rigorosa prontidão, rondando o prédio do Corpo de Cadetes, armado e sem saber direito o que fazer. Só me lembrava da “Intentona Comunista” de 35, quando os comunistas assassinaram covardemente não sei quantos “cadetes” daqueles tempos, quando dormiam seus despreocupados voadores sonhos.
Os boatos “voavam”. Uns diziam que Jânio, com a cuca cheia de generosas doses de seu uísque preferido, jogou todas as cartas na mesa e perdeu. Seus “amigos de outrora” logo colocaram outro em seu lugar. Dizem que Jânio deu aquele salto no escuro pensando voltar nos braços do povo, e tornar-se o presidente “força total” para lutar contra o que ele chamava de “forças ocultas” que não o deixavam governar com suas temidas “vassouradas”. Não sei. Só sei que seu “tresloucado gesto” gerou efeitos que se prolongam até hoje.
E se dona Dilma Pasadena Lava Jato, mais perdida que cego em tiroteio, resolver também renunciar? Boa ideia, dona Dilma! Mas só lhe peço que antes de abandonar o seu Palácio Encantada abra bem o bico e diga todos os “segredos” que só os “americanos” sabem! E, ao lado dos seus milhares de soldados armados do MST; ao lado do Maduro da Venezuela; ao lado do imortal Fidel Castro, reze as derradeiras palavras do seu Juízo Final: -- Toma Lula, que o filho é teu...