ORIGEM DA EXPRESSÃO "QUINTO DOS INFERNOS"
O QUINTO DOS INFERNOS
1. O termo tem sua origem no período colonial do Brasil e diz respeito à cobrança de impostos por Império Português. O quinto correspondia a 20% da produção de ouro da colônia.
Afirma-se que o termo era dirigido aos cobradores de impostos, que ao exigir o quinto ouviam algo como "Vá buscar o quinto nos infernos!"
Com o passar do tempo tomou a forma atualmente utilizada, onde "nos" foi substituído por "dos", ou seja, "quinto dos infernos".
Vá buscar o quinto nos infernos!
2. Julia Moioli | 01/02/2004 - GUIA DO ESTUDANTE - ABRIL
Pouca gente sabe, mas a expressão “o quinto dos infernos”, usada quando alguém quer mandar uma pessoa para longe ou se referir a um lugar remoto, começou a ser usada em Portugal para se referir ao Brasil.
Sua origem é o imposto de 20% (ou a quinta parte) do peso do ouro, cobrado no século 18 das cidades mineradoras do Brasil-Colônia. Para evitar as constantes sonegações, a Coroa portuguesa decidiu, em 1750, retirar o quinto diretamente nas casas de fundição.
A riqueza obtida pelo recolhimento do imposto era levada para Portugal em navios que ficaram conhecidos como “naus dos quintos”. Por isso, mandar alguém para os “quintos” na época significava mandar essa pessoa (muitas vezes banida) para esse lugar tão longínquo e desconhecido que era o Brasil.
3. WIKIPÉDIA - Sobre a expressão e minissérie da Globo que retrata a história deste período em que o Brasil era colonia do Império Português.
Palavras minhas: e país tonto desde então...
Uma história sobre os bastidores da Independência do Brasil (1822), a fundação do Império do Brasil (1822-1889), contada de maneira cômica e com muita aventura...
Tudo começa em 1785, com a chegada da pequena infanta espanhola Dona Carlota Joaquina de Bourbon a Portugal para casar-se com D. João VI, que à época atendia por Infante Dom João de Bragança. Já em 1808, após muita indecisão, D. João VI resolve transferir a corte para o Brasil, para fugir dos ataques e do poderio bélico de Napoleão Bonaparte. Em paralelo à história dos monarcas, se desenvolve o romance da donzela Manoela com Francisco Gomes, o Chalaça - um dos melhores amigos de Dom Pedro de Bragança (Dom Pedro I).
No Brasil, D. João VI - Príncipe-Regente em nome de sua mãe incapacitada, a Rainha Dona Maria I - e sua consorte, a esquentada Dona Carlota Joaquina criam os filhos D. Pedro, D. Miguel e D. Maria Teresa de Bragança, que convivem com as loucuras da avó, Dona Maria I, "A Louca", e tentam se adaptar às diferenças de hábitos da colônia. O tempo passa e D. Pedro terá muitas mulheres, mas somente duas oficiais: D. Leopoldina, e após sua morte, a bela Amélia. Passarão pela sua vida turbulentas paixões, como a artista Naomi e a amante mais famosa do Brasil, D. Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos. O dom de Pedro para a paixão deve ser hereditário, já que sua mãe Dona Carlota Joaquina, preza o sangue espanhol que tem e também mantém vários amantes, não se importando em humilhar o marido sempre que pode.
As histórias de Chalaça e D. Pedro se cruzarão no Brasil. Uma forte amizade nasce entre os dois, o que dará a Chalaça o posto de primeiro secretário e braço direito do príncipe. Frequentando a corte, Chalaça conhecerá a ardilosa Branca Camargo, que aplica trambiques com o pai, Camargo, e se apaixona por ela. Desencontros irão marcar a vida do rapaz, que vai ficar dividido entre dois amores: Manoela e Branca.
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"O QUINTO DOS INFERNOS"
Durante o Século XVIII (séc.18), o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto", um imposto que recaía principalmente sobre a nossa produção do ouro, justamente aquele mineral exportado às toneladas para países da Europa que os ajudaram a construir o PIB (Produto Interno Bruto) deles.
O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam: "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.
A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira deveria chegar ao final do ano de 2011 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...
E pensar que Tiradentes foi enforcado em praça pública porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente...! Vale a pena relembrarmos parte da História do Brasil... será que o povo dá valor à sua história?
Foz do Iguaçu, 08/07/2015
Publicado no www.nelmite.blogspot.com em 08/07/2015
Publicado no Recanto das Letras em 08/07/2015
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