POR QUE OS ESTADOS UNIDOS SE PREOCUPAM COM A CORRUPÇÃO NA FIFA?

Olimpíadas e Copa do Mundo são eventos que atraem atenções mundialmente. Dão visibilidade ao modo de vida e aos acontecimentos que definem a sociedade dos países que sediam esses eventos. Por mais que se exponha ao mundo um engessado status de desenvolvimento sócio-político, moral e religioso, as verdades de cada país sede de Copa do Mundo que são encobertas acabam sendo vistas.

E esses eventos conseguem penetrar em países, ganhando bons olhos, até mesmo onde a ONU não consegue. E olha que a ONU mesmo nos países onde ela consegue entrar ela é vista com os merecidos olhos da desconfiança de se tratar de uma entidade que está mesmo interessada em promover a paz e a justiça entre os povos.

Nos últimos anos temos visto essas competições megalomaníacas serem realizadas por nações onde o regime é socialista ou pelo menos foi e ainda aguarda decidir se retorna ou não ao que eram devido à instabilidade que se encontra o capitalismo.

Tivemos Olimpíadas em Pequim, Copa do Mundo no Brasil – que era administrado na ocasião por um governo que mantinha laços com nações descritas como avermelhadas e expressando em participações diplomáticas forte tendência para o socialismo, Fórmula 1 na Rússia, que foi escolhida para realizar a próxima Copa do Mundo.

Percebemos, então, uma enorme razão para que os Estados Unidos, nação sem tradição no futebol, se preocupe em desmantelar os comitês gestores das principais organizações que comandam o esporte no mundo: Frear a visibilidade que as sociedades que se relacionam com o modelo socialista ganham quando realizam esses eventos. A verdade que costuma ser exposta leva inspiração a um grande contingente de pessoas, que está cansado de viver a vida fútil e artificial que o capitalismo oferece. Países onde a vida não se parece com a da Ilha da Fantasia as pessoas são mais cabeças e por isso mais interessantes. Por isso é que inspira o regime àqueles que gostam de se sentir especiais, autênticos, notáveis. Que notabilidade pode haver em alguém que para ser respeitado ou reconhecido deve ser amigo do rei ou se prostituir no castelo?

Na Copa do ano passado, o #ForaCopa se passou por busca de uma população insatisfeita com seus políticos por decência no emprego do dinheiro público e em outras questões. Mas, analisando sob a ótica que estou desenvolvendo, essa herdada dessa preocupação norte-americana em disciplinar o mundo do futebol, que sempre foi indisciplinado e fabricado, parece ter sido, sim, um trabalho de cooptação de mentes para a rejeição ao Governo Dilma e à realização da Copa. Trabalho feito pelos serviços de inteligência para assuntos político-social dos Estados Unidos.

Outra preocupação destes que suponho: geralmente os países que sediam Copa do Mundo de futebol ou Olimpíadas saem mais desenvolvidos socialmente do que quando entram. O povo conhece a grandeza e não quererá mais deixá-la. Isso contamina outros povos, os fazendo desejar ser grande também. O que incomoda os Estados Unidos, que precisam que no mundo as coisas fiquem como estão, pois sabe bem ele que não há prosperidade para todo o mundo se todo o mundo viver conforme o American Way of Life.

De mais a mais, na época da Guerra Fria os EUA se viam em posição desconfortável tendo que representar sozinho a suposta superioridade de seu regime na mais importante das disputas esportivas: as Olimpíadas. O país dividia naqueles idos o topo do quadro de medalhas sempre com a União Soviética e ainda se via espremido, recorrentemente, entre outros inimigos: China e, pasmem, Cuba. Os EUA sabem que se não se abrir os olhos é pelo viés esportivo que verá ruir de vez seu frágil sistema econômico, que para sobreviver sucumbi muito mais a golpes, manipulações, mentiras e corrupção do que a administração de quaisquer dos eventos mencionados sucumbi ao gordo dinheiro que os eventos dão e que, a maioria dele, sai do bolso de grandes empresas norte-americanas, que adoram investir onde a publicidade é infalível e há cliente para tudo quanto é besteira que se quiser vender.