Uma esquecida boa solução para a crise atual
Uma esquecida boa solução para a crise atual.
Publicado em O Pioneiro, (Caxias do Sul), de 5 de junho de 2015.
A crise atual explica-se pela inexistência de uma alternativa política capaz de entusiasmar os povos na construção de um futuro justo.
Dois sistemas políticos empolgaram a humanidade: o capitalismo e o socialismo. O capitalismo propiciou o progresso e a ascensão de muitas pessoas a patamares dignos de consumo e de estilo de vida. Mas este mesmo sistema não foi capaz de resolver a questão da pobreza, uma grave injustiça. O socialismo, ideal de justiça social, não vingou - para se concretizar teve de eliminar a liberdade dos cidadãos falseando seus ideais.
A juventude não sabe mais como tornar realidade seus generosos sonhos de um futuro justo e feliz. O capitalismo, com seu individualismo e competitividade exacerbadas, com sua ligação com a política, subordinando esta às pretensões econômicas, não atrai cidadãos com algum senso critico. O socialismo, com suas falsas propostas de democracia e de estatização, tornou-se uma opção desprezível.
Resta a social-democracia, liberal e socialista. Síntese de processo dialético histórico tendo na liberdade e na justiça seus valores basilares. A solidariedade e a honestidade são seus métodos de ação. Estes valores é que movem a história, não as conjunturas políticas: o poder político é um instrumento de ação, não um objetivo absoluto a ser conquistado de qualquer maneira.
Acenemos com a bandeira socialista no que tem de mais nobre – a prevalência do interesse social nas decisões de uma sociedade. Apontemos o mercado, “socialmente regulado”, aonde as pessoas se encontram para oferecer os frutos dos seus trabalhos com liberdade e dignidade, sabedores que antes da lei impera a solidariedade que a todos une na busca de um futuro mais feliz. Estas verdades nunca são proclamadas...
Ofereçamos esta alternativa para a juventude sôfrega de honestos ideais, sequiosa de poder descobrir novos caminhos a serem trilhados com a certeza de estarem contribuindo na construção de um futuro mais justo, pacifico e democrático.
Eurico Borba, aposentado, 74, escritor, mora em Ana Rech, Caxias do Sul, RS.