SOBRE TRANSPARÊNCIA E EXEMPLO
A Crise econômica que atravessamos, cada vez mais atrelada à dificuldade política, tem trazido à baila alguns temas palpitantes que podem ser traduzidos como avanços.
Na mais recente querela da queda de braço permanente entre o executivo e o legislativo, os desafetos comuns da Presidente da República, preparam-lhe um revés que pode ser interessante. Referendar, por meio de sabatina no Senado, a escolha dos principais dirigentes das empresas estatais e semi-públicas, pode ser importante, independentemente da guerrinha momentânea dos três bicudos. A proposta que "une", oportunamente, os presidentes das duas casas legislativas, exporá os nomes dos candidatos e pode significar um bom passo na direção de uma maior transparência. Principal pilar da Governança Corporativa, a transparência é hoje, condição 'sine qua non' para o sucesso das melhores empresas em todo o globo. Prestar contas ao acionista é essencial e afinal somos nós, a população brasileira, os verdadeiros patrocinadores das tais empresas e, por isso mesmo, merecemos e exigimos respeito.
Enquanto a Presidente Dilma Rousseff pedala com dificuldade em seu rali diário, deve tremer com a onda de caça às bruxas que engaiolou dirigentes da FIFA mundo à fora. O escândalo que resultou na renúncia do recém-eleito Joseph Blatter, pode ser inspirador se considerarmos que o fato gerador foi somente a queda de seu braço direito, o indigesto Jérôme Valcke, e não custa lembrar quantos braços direitos já caíram na malfadada república petista.
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