A grande derrota do povo brasileiro
Celso Russomano posa de santo no patrulha do consumidor, mas está macumunado com os interesses escusos do Eduardo Cunha. O povo pediu mudanças, Celso e Cunha acabaram conseguindo manter tudo como está. Uma empresa que investe num partido ou candidato, vai querer o dinheiro de volta em contratos, óbvio! O povo, mais uma vez feito de bobo por nosso congresso, e não, não é culpa da Dilma. A culpa do povo que não sabe o que o congresso vota e nem se interessa em saber!
Hoje o congresso mostra sua força e mostra também a quais interesses querem defender: interesses de grandes empresários que doam para seus partidos. O povo hoje sofre uma derrota acachapante e perde a oportunidade de diminuir a corrupção na política. Dilma Rousseff, em campanha, disse que colocaria nas mãos do povo decidir sobre a reforma política, o congresso foi contra. Dilma quis o financiamento público de campanhas, o congresso foi contra e, macumunado com o ministro Gilmar Mendes do STF, barrou a proposta com um pedindo vistas e até hoje não liberou o projeto de lei para votação. Dilma é a favor do imposto sobre grandes fortunas, o congresso nem cogita tal pauta. Dilma quer a regulação da mídia, prevista no artigo 220 da constituição Federal, nossos congressistas, donos de várias cadeias de rádio e TV, acusam o projeto de regulação de censura pelo simples fato de que, regulando por lei, todos eles seriam obrigados a abrir mão de suas redes de rádio e TV que fazem propagandas para si próprios e queimam seus opositores.
O povo, ao não dar ouvidos e apoio a tais medidas estruturantes e brigar a briga que os meios de comunicação vendem, acabam por fazer o país a ficar onde está e, na pior das hipóteses, retroceder. Ao demonizar a figura do presidente e endeusar a oposição como solução, ela ganha força para propor e emplacar medidas contra o povo, mas com o apoio do próprio povo. O golpe da reforma política é o seguinte: há a proposta defendida por Dilma do financiamento público de campanhas e há a reforma de Eduardo Cunha que defende o privado, como é hoje. Cunha, juntamente com Gilmar Mendes, seguraram a reforma proposta pela Dilma e colocaram no lugar a reforma de Cunha que defende o distritão, financiamento privado de campanhas e outros absurdos. O povo, durante as manifestações cobrou mudanças e a oposição, lobo em pele de cordeiro, disse ter comprado a briga do povo e disse que iria emplacar as mudanças que o povo espera. Mas o que, de fato, aconteceu?
A reforma que foi à votação não foi a proposta por Dilma, mas sim a de Cunha que deixa tudo como está e ainda pode retroceder as conquistas da constituição Federal, é uma mudança que apenas trocou seis por meia dúzia e o povo, sedento por mudanças, acredita que a reforma política está acontecendo, mas não, não está. O perigo de agir sem pensar, de seguir a opinião dos meios de comunicação sem criticar é muito grande, pois abrem-se portas perigosas. A possibilidade do distritão foi uma delas e tivemos uma sorte em ter essa proposta negada. Existem outras propostas perigosas para o povo em jogo dentro do congresso Nacional e que Eduardo Cunha e seus coligados estão querendo explorar a todo custo, portanto o povo tem que ficar atento, pois numa distração poderemos jogar vários direitos conquistados no lixo.