Administração Pública
Diariamente, através dos meios de comunicação, vemos as falhas gritantes que ocorrem no serviço público, em que o mais leigo em administração admite ser “problema de gestão”. Ali não está um administrador profissional e sim um político. Desconhece os princípios básicos de administração, definidos na sigla PODC. Planejamento, Organização, Direção e Controle. E ainda, quando ele detém esse conhecimento, não o executa, levado pelas pressões de um grupo, em que todos querem mandar. Já dizia minha avó que “panela que muitos mexem, ou sai insossa ou salgada.” Não existe aí um meio termo, ou é de menos ou é de mais. Quando se delega algo a alguém é porque nele se confia. Assim, o administrador tem de ter a autonomia suficiente para decidir, seguindo os preceitos básicos da administração. Na iniciativa privada, vimos que isto é possível. Mas, na pública dificilmente ocorre essa liberdade. O cara está lá, mas não deixa de ser “uma Maria vai com as outras”. Mesmo querendo acertar, o entorno não o deixa. Na esfera municipal, um secretário não tem autonomia para decidir; na estadual, idem; na federal, o ministro que foi indicado por um partido a ele tem de bater continência. Assim, é tudo mais um “angu de caroço”, do que uma boa administração.
E esse filme eu já e continuo vendo. Nomeia-se alguém não pela sua competência, mas pelo seu vínculo a partido A, B ou C. E mesmo quando ocorre de o nomeado ser competente, ele é cerceado de exercer a sua função em prol do coletivo, mas apenas para um determinado grupo. Eis aí o nascedouro da corrupção. Quem já não percebeu que na iniciativa privada o serviço anda com mais eficiência?
Lá funciona o PODC que, para efeito de memorização da sigla, costumamos chamá-la der PODE SER. Sim, pode ser que funcione bem.