CRISE É QUE NEM CHIFRE: COISAS QUE PÕEM NA SUA CABEÇA
Dentro de um ônibus do MOVE de Belo Horizonte um cartaz comunicava aos usuários que a partir de 20/5/2015 em determinados horários a linha que segue para o centro da cidade através da Avenida Antônio Carlos retornaria da avenida na altura do bairro São Francisco. Muita gente aprovou a mudança que acabaria com o sofrimento dos passageiros que precisam entrar numa lotação na volta para casa e não conseguem devido ao excesso de passageiros que excede-se desde o centro até pouco antes do bairro mencionado, as fazendo chegar em casa tarde da noite devido ao fato de encontrar ônibus vazio para poderem entrar somente após as 18 horas.
Nisso, uma mulher, sentada devido à prioridade de carregar uma criança no colo, disse que a conquista não seria possível se não fosse as reportagens que apareceram na TV (Globo, suponho), no rádio e nos jornais cobrando providências. "As empresas querem mais é que o povo se dane", "Não fazem nada para ajudar o povo, só pra infernizar", dizia ela.
Porém, o crédito que ela deu foi equivocado. Foi informado para ela que o que proporcionou a mudança foi o movimento popular. Através de bate-papos coletados nas estações, mensagens em redes sociais, e-mails enviados para os órgãos competentes e listas de assinaturas chegaram, os administradores, à conclusão de que a solicitação era devida e ainda era tardia.
Reportagens fazem é guerra política contra as gestões em andamento. Os veiculos de comunicação são contratados para desmoralizar políticos e partidos em situação, que podem se beneficiar com obras funcionais entregues à população. Da parte deles, sim: que o povo se ferre.
A realidade muitas vezes começa pela mídia. Que divulga massivamente acontecimentos imaginários ou planejados para corromper a opinião dos que absorvem os noticiários. E no dia seguinte, estes, influenciados e sob efeito da linha de pensamento "se uns estão fazendo isso" ou "já que esses políticos fazem isso" resolvem se rebelar e fazer exatamente o que na imprensa dizem estarem fazendo. E aí sim: o caos se estabelece e poderá ser noticiado verdadeiramente. A coisa que não existia, que era lorota da mídia, foi motivada a acontecer.
No caso do Move de BH a única contribuição que a mídia deu para as melhoras que estão sendo feitas foi pagar pessoas para quebrar vidros. Agora trocaram os vidros das estações por placas de metal. Não só para evitar os golpes dos vândalos, mas também para deixarem de servir de foco para os contratantes da mídia inventar uns ataques e estimular outros.
Pular roletas pode ser facilmente impedido colocando-se um tubo alto, que gire com a roleta, que parta do centro da haste desta. Pichação é assim: quando as pessoas evitarem os estabelecimentos pichados, estes terão queda de receita. Logo, haverá queda na arrecadação de impostos. Quando isso acontece – a História não me deixa mentir – tomam providência. Um exemplo de que isso é verdade são os hoteis e restaurantes de luxo. Na própria avenida Antônio Carlos se pode ver isso com o Saint Louis imponente, bem aparentado, intocável, num ponto que parece ser propício para a pichação. E olha que o hotel tem todo o perfil que os pichadores gostam: paredes lisinhas toda pintada de azul fosco.
No mais, precisamos evitar a mídia, principalmente a imprensa hegemônica. Fazer mesmo esse pessoal perder audiência, visitação, ouvintes e vendagem de exemplares. É claro que no começo dessa revolução reagirão e não será fácil aturar. A Globo, por exemplo, se perder audiência disparará-se uma onda de caos. Ela não vai querer perder o poder de influencia dela e nem os que contratam ela vão. Aliás, quem perde poder com isso, na verdade, são eles. Por isso os interessados em reduzir a influência da mídia na realidade brasileira e, com isso, mudar o país para melhor precisam resistir aos ataques midiáticos que no fundo não passarão de mentiras como sempre. O tempo que for necessário. Bastará o boicote aos veículos de comunicação hegemônicos (No caso de Minas: Estado de Minas, O Tempo, Jornal Super, Rádio Itatiaia, TV Globo Minas, TV Alterosa, TV Record, Revista Veja dentre outros) e essa resistência há de prosperar. Podes crer!
Experimente dirigir para eles próprios o ódio que eles querem que você sinta por um grupo que não é seu inimigo e sim deles. Faça o mundo na sua mente e ponha-o para fora e não ponha o mundo que inventam através dos noticiários na sua mente e os reflita na sua realidade. Você não ganha nada com isso.
*originalmente publicado no blog: Desengenharia Social