ARTIGO – Compra-se de tudo – 11.05.2015
 
ARTIGO – Compra-se de tudo – 11.05.2015
 
 
Eu, na verdade, nem acredito que o nosso Presidente do Senado Federal, Doutor Renan Calheiros, possa ter se beneficiado, de espontânea vontade, desse escândalo do “Petrolão”, que abalou meio mundo financeiro, deixou a PETROBRAS em palpos de aranha, e cujas apurações ainda correm soltas aqui em nosso país.
            A verdade, porém é que o seu nome foi denunciado pelo Procurador Geral da República, o Doutor Janot, que foi indicado pela Presidente Dilma para ocupar esse cargo, que é da maior relevância para a justiça brasileira, ou pelo menos deveria sê-lo. Pela peça jurídica encaminhada ao STF – Supremo Tribunal Federal, a participação dele teria sido da ordem de R$ 2 milhões, a fim de fazer face a sua campanha eleitoral de 2010, quando se reelegeu para a cadeira de Senador, além de ter seu filho eleito governador do estado de Alagoas, um rapaz rrealmente jovem.
            Certo que o nosso senador já javia, anos atrás, sido investigado por procedimentos não compatíveis com a postura que o cargo exige. Submetido ao Conselho de Ética, fora absolvido pela maioria de seus pares, não se sabendo se existe nos escaninhos da corte suprema alguma acusação que lhe fora imposta, salvo essa que está em andamento.
            Pois bem, estamos às vésperas da “sabatina” a que será submetido o advogado Edson Luiz Fachin, indicado pela doutora Dilma para suprir a vaga deixada pelo saudoso Joaquim Barbosa, primeiro Juiz do STF que demonstrou ter aquilo roxo, tanto que mandou alguns políticos poderosos para a cadeia, embora todos já estejam gozando de plena liberdade. O patrocinador do “Mensalão”, entretanto, que pegou mais de quarenta anos de xilindró, continua preso. Sabe-se que o poder judiciário não aceitou dele a delação premiada que ofereceu, dizem até que envolvia até mesmo o nome de altas esferas da república, inslusive do ex-presidente Lula.
            Esse cidadão, do qual nada conheço, salvo pela mídia, teria apoiado abertamente a candidatura da senhora Dilma nas eleições de 2010, fazendo até mesmo pronunciamentos públicos, e não seria agora que teria mudado de postura. Sim, porque agora ele está recebendo o troco pelos verbos que gastou na indicação da presidente. O Renan já havia se pronunciado que se a indicação fosse do PT não passaria no Senado, e como a sabatina será amanhã, terça-feira, nada melhor do que convidar o presidente do Senado para uma viagem no boeing luxuoso do palácio no sentido de acompanhar a comitiva oficial do governo, hoje (11), ao velório do grande senador Luiz Henrique, PMDB, falecido ontem (10) em Santa Catarina, na cidade de Joinvile. Eis aí uma grande oportunidade de conversa a sós, cujo conteúdo somente os dois poderão falar, mas com toda a certeza versará sobre a dita indicação.
            Ora, se o nome for aprovado pelos senadores, que não fazem perguntas algumas, mas limitam-se a elogiar, até por que o painel de votação é aberto muito antes das falas, o que significa dizer que todos os da Comissão de Constituição e Justiça podem até votar e abandonar a sala, eis que o nome já ficou cravado, sacramentado. E no exame de autoridades em plenário a votação continua sendo secreta, até mesmo para não trazer constrangimento nem ao indicado e nem à primeira dama do país. A verdade é que neste governo do PT a ideia central é de que tudo pode ser comprado, inclusive consciências.
 
Meu abraço.
 
Ansilgus.
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 11/05/2015
Reeditado em 11/05/2015
Código do texto: T5238459
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