CAIXA PRETA
A Caixa Econômica Federal, protagonista em seu papel de planejar, coordenar e executar a política habitacional do governo, vem agitando o mercado com notícias preocupantes e especulações ainda piores. De concreto: o aumento dos juros nas operações de crédito imobiliário, a redução no financiamento de usados e a acentuada queda nos recursos da Caderneta de Poupança, são os fatores preocupantes. Desconhecido, e por isso mais grave, é o futuro da política para a habitação.
Na enevoada atmosfera de incerteza, fantasmas ganham forma e assumem contornos os mais diversos. Especulações à respeito da realidade financeira da Caixa, confundem fatos e boatos sobre o futuro da instituição. A ideia de privatização, total ou parcial, soa perigosa quando olhamos para a desastrosa gestão na Petrobras, resultado de intenções escusas do partido que confunde interesses e recursos públicos com os seus próprios.
A caixa, que já foi apelidada de "Caixa de som", quando anunciava mais do que fazia, está mais para "Caixa preta", ameaçada por um governo fraco que não enxerga um palmo adiante do nariz, e sequer alcança a importância de instituições como: CEF, Banco do Brasil e BNDES, instrumentos e patrimônio da sociedade.
Se o Brasil é uma locomotiva e a indústria da construção civil, com sua enorme capacidade de produção e geração de empregos, é a máquina a conduzi-la, é natural que reflita com fidelidade, a realidade brasileira.
A afirmação de que uma nação se constrói, não é figura de retórica, o crescimento econômico pode e é medido pelo consumo de aço e cimento.
O setor que já vive grande incerteza, vê ameaçada a mais importante instituição governamental: a Caixa Econômica Federal.
LULA PORTA-VOZ E PANELAÇO
A chegada de lula, sob panelaço, como porta-voz do governo, causou mais estragos do que ele mesmo esperava. A pose de defensor do proletariado soou falso e jogou a última facção da colcha de retalhos que é o PMDB, definitivamente para a oposição. Insatisfeitos com o papel de vilões, sugerido por Lula, na polêmica terceirização, os últimos peemedebistas saíram rápido da nau governista, mas não sem antes apagarem, com "bengala", a luz que adia por mais cinco anos a aposentadoria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, pondo ainda mais água no chope petista. Nova derrota para a Presidente Dilma que queria emplacar mais cinco "amigos chapa branca" até o final do mandato. Na sequência, os insatisfeitos já prometeram abandonar o apoio aos ajustes do Ministro Levy.
O episódio serviu para restar comprovado que o problema não é somente Dilma, e joga de vez por terra a empáfia do ex-líder populista que teima em ameaçar com "a volta do boêmio", embasada num prestígio que não tem.
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