ARTIGO – A Infeliz MP 665 – 07.05.2015
ARTIGO – A infeliz MP 665 – 07.05.2015
Na votação da indecente Medida Provisória 665, ocorrida ontem e hoje, na Câmara dos Deputados, presenciamos como um partido que se diz dos trabalhadores, assim como seus aliados, tiveram a coragem de fazer pronunciamentos dos mais diversos defendendo a tese de que prejuízo algum estariam causando aos mais humildes quando, na verdade, do bolso deles vão ser retirados recursos que ajudarão a que o governo faça uma economia da ordem de R$ 18 bilhões.
Não passou despercebida a pressa com que o presidente da Casa, doutor Eduardo Cunha, comandou as votações, do alto de seu pedestal, julgando-se o mais importante político deste país, cortando o som dos microfones de alguns líderes de tradição, mantendo o seu orgulho incondicional que não agrada nem mesmo àqueles que o colocaram à frente da Câmara Federal. Inteligente, de raciocínio rápido, mas erra de vez em quando na interpretação do regimento sem que pague nada por isso, salvo um simples pedido de desculpas que quase ninguém ouve. Confesso que me enganei logo no princípio quando falei pra mim mesmo que agora nós tínhamos um presidente de gabarito para dirigir os trabalhos, independente de seu partido ser aliado ao governo da presidente Dilma.
Ledo engano. Imaginem que na votação de hoje a justificativa para a correria louca com que presidiu a sessão teve por justificativa o fato de ser uma quinta-feira e que muitos deputados já haviam comprado passagens aéreas, pagas pelo povo, para voltar as suas bases. Estou, na realidade, decepcionado com sua excelência, e peço desculpas daqui da minha tribuna aos meus leitores, porquanto esse cidadão não é merecedor de elogio algum, eis que trabalha assim como um ditador, imprimindo e fazendo o que quer, com poucas contestações, porquanto nem todos os deputados são letrados, e assim sua missão fica mais fácil de ser desempenhada.
Tive oportunidade de assistir, do começo ao fim, a oitiva do ex-diretor da PETROBRAS, doutor Paulo Costa, engenheiro que tinha uma vida dentro dos padrões normais de um funcionário da empresa, ganhando relativamente bem, mas que ao ser alçado à diretoria pelo PP – Partido Progressista – passou a integrar uma rede de salafrários que se aproveitaram da posição para sangrar as finanças daquela que era a principal empresa brasileira; e descaradamente falou que realmente recebera o valor expressivo de US$ 1,5 milhão, a fim de não dificultar a aquisição da unidade produtora de Passadena, nos Estados Unidos, um punhado de ferro velho, enferrujado, que causou enorme prejuízo à nação brasileira. Mas ao ser indagado quais os parlamentares que se aproveitaram do “Petrolão” foi claro ao dizer alguns nomes, porém garantiu que o doutor Eduardo Cunha dele não recebera dinheiro algum. A declaração que estava em vigor, aceita pelo procurador geral da república, e contestada pelo denunciado, é a de que a ele fora destinada a quantia de R$ 1 milhão para patroccinar sua campanha na eleição anterior. Por coincidência, ele que vinha votanto tudo contra o governo, de repente passou a dedicar seus esforços à aprovação das medidas impopulares impostas aos pobres trabalhadores, tanto que a MP 665 foi sacramentada nesta data.
O que me causa verdadeira admiração é a facilidade com que nossos representantes mudam de opinião repentinamente, ao sabor do “balcão de negócios” que se estabelece nessas situações, tanto que o PMDB foi claríssimo ao dizer na véspera que votaria contra as duas MPs em exame na casa, quais sejam a 664 e 665. O meu deputado votou a favor dos trabalhadores, todavia, alguns da oposição, do DEM por exemplo, descaradamente apoiaram a maioria, que é composta pelo PT, PMDB, PC do B, PP, PR e outros partidos de ocasião, os quais deveriam ser extintos na próxima reforma eleitoral que estão tentando fazer no congresso nacional.
Ora, como é que as autoridades já sabem quais os deputados e senadores que entraram no trem do “Petrolão” e as mesas do senado e da câmara não tomam medida alguma para apurar as denúncias e nem ao menos os convocam para depor na CPI da PETROBRAS! Urge que demonstrem que querem um parlamento limpo e justo para comandar os destinos deste miserável país.
A verdade, nua e crua, é que o governo iludiu o povo nacional quando da campanha eleitoral do ano passado. Aqui está um bom motivo para uma chamada de volta às ruas para protestar, mas de maneira séria, contra o descalabro que tomou conta dos que dominam o poder, não para passear com a família como vimos em manifestações anteriores.
A meu pensar essas delações premiadas estão furadas, não merecem o crédito total que a elas estão dando, pois existe muita coisa embutida e muita mentira nisso tudo, colocando-se esses caras na cadeia, que ainda é o instituto mais respeitável do Brasil, apesar da precariedade dos estabelecimentos penais.
Meu abraço.Não passou despercebida a pressa com que o presidente da Casa, doutor Eduardo Cunha, comandou as votações, do alto de seu pedestal, julgando-se o mais importante político deste país, cortando o som dos microfones de alguns líderes de tradição, mantendo o seu orgulho incondicional que não agrada nem mesmo àqueles que o colocaram à frente da Câmara Federal. Inteligente, de raciocínio rápido, mas erra de vez em quando na interpretação do regimento sem que pague nada por isso, salvo um simples pedido de desculpas que quase ninguém ouve. Confesso que me enganei logo no princípio quando falei pra mim mesmo que agora nós tínhamos um presidente de gabarito para dirigir os trabalhos, independente de seu partido ser aliado ao governo da presidente Dilma.
Ledo engano. Imaginem que na votação de hoje a justificativa para a correria louca com que presidiu a sessão teve por justificativa o fato de ser uma quinta-feira e que muitos deputados já haviam comprado passagens aéreas, pagas pelo povo, para voltar as suas bases. Estou, na realidade, decepcionado com sua excelência, e peço desculpas daqui da minha tribuna aos meus leitores, porquanto esse cidadão não é merecedor de elogio algum, eis que trabalha assim como um ditador, imprimindo e fazendo o que quer, com poucas contestações, porquanto nem todos os deputados são letrados, e assim sua missão fica mais fácil de ser desempenhada.
Tive oportunidade de assistir, do começo ao fim, a oitiva do ex-diretor da PETROBRAS, doutor Paulo Costa, engenheiro que tinha uma vida dentro dos padrões normais de um funcionário da empresa, ganhando relativamente bem, mas que ao ser alçado à diretoria pelo PP – Partido Progressista – passou a integrar uma rede de salafrários que se aproveitaram da posição para sangrar as finanças daquela que era a principal empresa brasileira; e descaradamente falou que realmente recebera o valor expressivo de US$ 1,5 milhão, a fim de não dificultar a aquisição da unidade produtora de Passadena, nos Estados Unidos, um punhado de ferro velho, enferrujado, que causou enorme prejuízo à nação brasileira. Mas ao ser indagado quais os parlamentares que se aproveitaram do “Petrolão” foi claro ao dizer alguns nomes, porém garantiu que o doutor Eduardo Cunha dele não recebera dinheiro algum. A declaração que estava em vigor, aceita pelo procurador geral da república, e contestada pelo denunciado, é a de que a ele fora destinada a quantia de R$ 1 milhão para patroccinar sua campanha na eleição anterior. Por coincidência, ele que vinha votanto tudo contra o governo, de repente passou a dedicar seus esforços à aprovação das medidas impopulares impostas aos pobres trabalhadores, tanto que a MP 665 foi sacramentada nesta data.
O que me causa verdadeira admiração é a facilidade com que nossos representantes mudam de opinião repentinamente, ao sabor do “balcão de negócios” que se estabelece nessas situações, tanto que o PMDB foi claríssimo ao dizer na véspera que votaria contra as duas MPs em exame na casa, quais sejam a 664 e 665. O meu deputado votou a favor dos trabalhadores, todavia, alguns da oposição, do DEM por exemplo, descaradamente apoiaram a maioria, que é composta pelo PT, PMDB, PC do B, PP, PR e outros partidos de ocasião, os quais deveriam ser extintos na próxima reforma eleitoral que estão tentando fazer no congresso nacional.
Ora, como é que as autoridades já sabem quais os deputados e senadores que entraram no trem do “Petrolão” e as mesas do senado e da câmara não tomam medida alguma para apurar as denúncias e nem ao menos os convocam para depor na CPI da PETROBRAS! Urge que demonstrem que querem um parlamento limpo e justo para comandar os destinos deste miserável país.
A verdade, nua e crua, é que o governo iludiu o povo nacional quando da campanha eleitoral do ano passado. Aqui está um bom motivo para uma chamada de volta às ruas para protestar, mas de maneira séria, contra o descalabro que tomou conta dos que dominam o poder, não para passear com a família como vimos em manifestações anteriores.
A meu pensar essas delações premiadas estão furadas, não merecem o crédito total que a elas estão dando, pois existe muita coisa embutida e muita mentira nisso tudo, colocando-se esses caras na cadeia, que ainda é o instituto mais respeitável do Brasil, apesar da precariedade dos estabelecimentos penais.
Ansilgus.
Nota: A foto é do deputado federal Bruno Araújo, do PSDB de Perrnambuco, incansável defensor dos direitos dos mais pobres. Fonte: INETRNET/GOOGLE.