ARTIGO – Falar assim é fácil – 24.03.2015
 
ARTIGO – Falar assim é fácil – 24.03.2015
 
                    
Falando hoje na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, pela manhã, o presidente do Banco Central do Brasil, doutor Alexandre Antônio Tombini, foi de uma infelicidade marcante. Primeiro, o seu discurso já velho e amarrotado, foi lido, fato que pode pesar negativamente a propósito de sua capacidade de ocupar essa posição de maior destaque na economia nacional. Sim, porque para falar sobre essa matéria qualquer brasileiro mesmo sem ser formado nas ciências que tratam da matéria pode se desincumbir a contento, ainda mais com uma cola ao seu lado, que até pode ter sido feita por terceiros. Diga-se, por oportuno, que em amparo ao referido palestrante estavam três altos funcionários do seu banco.
            Ele fora convidado a falar nessa audiência em defesa dos ajustes que a doutora Dilma está pretendendo enfiar goela abaixo dos brasileiros, notadamente os mais fracos. Aqui pra nós, modéstia à parte, os meus trinta anos de serviços em Banco Oficial deram-me amplas condições de exercer cargo dessa envergadura, porquanto cheguei ao ápice de superintendente estadual em vários estados do nordeste, isso sem apoio político de qualquer cidadão, até mesmo porque era avesso a essa tropa que vem sendo uma verdadeira moléstia que assola nossa nação. Claro que há exceções, e muitas, mas a grande maioria do povo não enxerga assim, preferindo recolocar no governo gente que mente, promete como sem falta e falta como sem dúvida, além de se meter em escândalos os mais diversos.
            Aliás, sobre esses ajustes há um fato importante que o povo deve saber: O Vice-Presidente da República, peemedebista Michel Temer, procurou o senador Aécio Neves, tendo sugerido que ele na qualidade de presidente do PSDB fizesse com que a oposição procurasse uma maneira de seu partido votar contra o projeto que estende aos aposentados a política de reajuste do salário-mínimo, cujo aumento é apoiado na inflação e mais o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).  Apoiar esse pacote infeliz, que retira dinheiro dos bolsos dos brasileiros, é uma imoralidade.  Fiquei deveras enojado com a resposta do candidato derrotado à presidência da república. Não é que o doutor Aécio se mostrou disposto a convencer a bancada do partido na Câmara no sentido de derrubar a equiparação dos aumentos, isso se o Partido dos Trabalhadores se comprometesse também a votar contrariamente à medida!
            Alguns poderiam dizer que politicamente ele teria agido certo ao querer colocar o PT em calça curta. Não concordo com isso, pois oposição é oposição e não pode vacilar tanto. A própria resposta já nos indica que existe propensão para que essa vergonhosa matéria venha a ser aceita e aprovada, apesar de que os deputados federais, liderados pelo presidente Eduardo Cunha, não estarem satisfeitos com o desempenho do governo. Queremos lembrar que os novos deputados, empossados no início do ano, já fizeram jus numa votação no Congresso, comandada pelos doutores Renan Calheiros e Jairo Jucá, ambos do PMDB e citados no “Petrolão”, a uma verba de R$ 10 milhões de reais, que totalizará R$ 2.360.000,000, 00 (Dois bilhões e trezentos e sessenta milhões de reais). Aliás, por simples colocação do senador Jucá, na mesma sessão, foi aprovada uma verba suplementar para os partidos políticos que supera os R$ 500.000.000,00 (Quinhentos milhões de reais). Ora, votar essas anormalidades numa fase em que o país está falido é pura irresponsabilidade dessa que é a maior casa de leis do Brasil. Bom que se diga que não estou aqui condenando nenhum dos senadores mencionados, pois apenas foral indiciados.
            Não vou me alongar muito, até por que não tenho condição física de fazê-lo, pois me restabelecendo de enfermidade traiçoeira e, queira Deus, momentânea, mas a minha conclusão é que esse cidadão não tem cacife para presidir o Banco Central, que é o órgão responsável pelo controle da inflação e fiscalizar o sistema bancário, além de ser o regulador do meio circulante, atividade essa que não faz nem mesmo para resolver o problema do “troco”, que está infernizando os comerciantes brasileiros. Alegar que a culpa é da população, que costuma juntar dinheiro, é desculpa esfarrapada, uma vez que poupar é uma providência salutar para quem tem a condição de fazê-lo. Alegar que custa caro a fabricação desse dinheiro não é justificativa plausível. A minha sugestão, a fim de evitar tanto gasto seria a de cunhar moedas de plástico e/ou de vidro, sendo que esta teria a faculdade de cair, quebrar e causar lucro ao governo; a de plástico não atrairia de ninguém a intenção de poupar.
 
Meu abraço fraternal. Estou devendo mais de 170 respostas a comentários e e-mails recebidos durante esse período de doença, tanto minha como da minha mulher. Não sei se terei condição de atualizar, até por que meu médico tem sido muito durão comigo.
Ansilgus.
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 24/03/2015
Reeditado em 24/03/2015
Código do texto: T5181409
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