E se Dilma renunciar?
Lembro como se fosse hoje! Eu, um mísero nortista Cadete do Ar do Segundo Ano do curso de Oficiais Aviadores, em busca de um lugar ao sol, sempre temeroso de ser desligado e voltar de cabeça baixa pra minha rua de terra batida na minha querida Belém do Pará, onde eu era o rei da rua, um futuro “piloto da FAB”, e quando menos esperava, Jânio renunciou! -- Foi um “pega pra capar”. Quantas horas de sono perdidos, de prontidão, rondando o prédio do Corpo de Cadetes, armado e sem saber direito o que fazer, nós passamos.
Os boatos voavam por todos os lados; uns diziam que Jânio, com a cuca cheia de generosas doses de seu uísque preferido, jogou todas as fichas numa jogada perigosa, e perdeu... Seus “amigos de outrora” do Congresso Nacional logo colocaram outro em seu lugar. Dizem que Jânio deu aquele salto no escuro pensando voltar nos braços do povo, e tornar-se o presidente “força total” para lutar contra o que ele chamava de “forças ocultas” que não o deixavam governar como queria. Não sei. Só sei que seu “tresloucado” ato gerou efeitos que se prolongam até hoje.
E se dona Dilma hoje perdida e sem saber o que fazer ante tantas manifestações de horror ao seu governo, resolver também renunciar? Mas sem antes “abrir o bico” e dizer todos os seus temidos “segredos”? Dizer tudo o que sabe? E ao lado de todos os “quatro estrelas” das combalidas Forças Armadas; ao lado de milhares de soldados armados do MST; ao lado do Maduro da Venezuela; ao lado do Fidel Castro em sua cadeira de rodas, proferir as palavras derradeiras do seu Juízo Final: -- Toma Lula, que o filho é teu...
Quantos milhões de brasileirinho, desses beneficiários de tantas bolsas-esmolas; quantos tantos outros brasileirões beneficiários do ouro da corrupção, não iriam sair às ruas dando vivas ao “Presidente” Lula?