As “Velhinhas De Taubaté” Estão Saindo Do Armário E Do Baú
“Velhinha de Taubaté” era uma personagem do cronista Verissimo criada durante o governo do general Figueiredo. Na época, a velhinha era a última pessoa do Brasil que acreditava em governos militares da ditadura.
O cronista Veríssimo dizia em suas crônicas que, na Câmara de Deputados e no Senado Federal, os parlamentares sempre pensavam como a velhinha reagiria ao movimento nacional pela retirada dos militares do poder político.
A velhinha morreu em 2005, enquanto tomava chá de erva doce com torradas, decepcionada com a política brasileira do momento. Ainda lamentava que os militares houvessem saído do poder.
No país atual, tenho visto que pessoas fanáticas por militares no poder político, carecem intensamente de um discurso que justifique intelectualmente esse querer. Querer que os quartéis, os “homens de botão dourado” como diz um apresentador de TV (Velhinha de Taubaté, TV, VT) partidário deles, voltem à cena política, é querer a volta do autoritarismo que cassa os direitos civis políticos do eleitor brasileiro.
Essas “Velhinhas de Taubaté” do momento político atual, com uma mentalidade intelectualmente atrasada e mesquinha, acreditam em “soluções mágicas” para a crise imposta ao país pela “ditadura da corrupção” vigente. E usam de argumentação datada, mesquinha, atrasada, como se estivessem a “dsescobrir a pólvora” da solução.
A argumentação dessas pessoas sem nenhum preparo de educação intelectual formal (algumas passaram no vestibular ou têm formação de 3° grau), é de uma pobreza enunciativa absolutamente fora de contexto. Acreditam elas que a corrupção institucional endêmica nas instituições poderia ser debelada com a ascese dos militares ao poder Executivo.
Essas pessoas não aprenderam nadica de nada com a história. Não prezam os valores democráticos. Ainda que aviltados por esses políticos corruPTos de momento. Essas “Velhinhas de Taubaté” querem entregar o país “de mão beijada” aos militares, como se esses fossem o suprassumo da moralidade, do bom e do melhor que a sociedade brasileira produziu.
Os militares têm uma educação de quartel. São educados conforme a rígida disciplina de obediência hierárquica. “Nossa honra é obedecer” como diziam os oficiais alemães e o povo alemão, sob o comando, comunicação e controle de um líder psicótico na Alemanha da década de trinta com a ascensão do partido nazista.
Ora, o país não precisa de colonizadores de farda, mesmo porque a situação institucional desses corruPTos do PT está em vias de dissolver-se nos próprios excrementos institucionais. Dona Dilma Pasadena tem, segundo pesquisas do próprio Planalto, quando muito 7% de aprovação populacho.
O presidente do Senado está sob suspeita, o presidente da Câmara está sob suspeição, os juízes do STF pertencem, em sua maioria, à organização criminosa dos aliados políticos do poder da “ditadura da corrupção”. Logo, segundo o raciocínio carente de mérito enunciativo desses ingênuos partidários dos quartéis, “só nos resta a intervenção militar constitucional”. Engano.
Quem disse a esses partidários da ditadura militar que os militares são a solução para essa crise? O Brasil não é um quartel. A soberania nacional precisa ser defendida por quem possui maior interesse nela: o eleitor brasileiro. Os políticos atuais que saqueiam canibalescamente o patrimônio público da Petrobrás, não representam, nem de longe, a vontade de dignidade do povo eleitor brasileiro (os índices mínimo de desaprovação da presidente).
Quem disse a essas “Velhinhas de Taubaté” que os militares brasileiros estão preocupados com qualidade de educação sem a qual nada nunca vai mudar nesse país entregue aos cabrais e aos cabrões de momento? Quem disse a essas “Velhinhas de Taubaté” do oportunismo momentâneo, que os militares vão largar o osso do poder político, uma vez nele encavalados? Exceto após longas e estressantes demandas institucionais?
Vale a pena trocar seis por meia dúzia? Vale a pena o risco institucional de ver uma ditadura militar suspender os direitos civis do eleitor, no momento, sem cidadania? Vale a pena cassar a cidadania dos eleitores trocando-a por um quadro político também inconstitucional? Sim, porque a atual presidente Pasadena não se sustenta na forma da Lei constitucional. Seus crimes de responsabilidade são muitos, suficientes para o processo de IMPEACHMENT JÀ ser iniciado imediatamente.
Seus parlamentares de apoio não querem perder suas mordomias e entregar o país a mais duas décadas de militarismo e cessão dos direitos constitucionais do eleitor brasileiro, que continuaria, num regime militar, sem cidadania.
Nenhum brasileiro acredita que a presidente Pasadena não sabia dos trâmites da compra delituosa da refinaria de Pasadena nos EUA, quando ela era simplesmente a coordenadora de todo o processo de corrupção em franco andamento enquanto presidente do conselho administrativo dessa empresa acumulando este cargo, em 2006, com o de ministra Chefe da Casa Civil.
Não há como Dilma Pasadena não estar inclusa em crime de responsabilidade. O ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobrás, Pedro Barusco, afirmou na CPI da Petrobrás que João Vaccari Neto (tesoureiro atual dos corruPTos do PT e aliados) recebeu trezentos mil dólares (U$ 300.000,00) para o caixa de campanha de Dilma Pasadena.
Este, entre outras dezenas de motivos (os brasileiros sabem quais), se configura em pretexto e propósito legal para o início do processo de IMPEACHMENT JÁ de Dilma Pasadena. Se o Congresso Nacional se isentar da responsabilidade de iniciar imediatamente esse processo, estará deliberadamente entregando o país a mais duas décadas de quartelada inconstitucional revestida de pretextos legais para a instalação de uma ditadura militar em resposta à atual ditadura da corrupção.
Caros parlamentares, os senhores estão em processo de alienação mental e institucional tão exageradamente acentuada que não veem a saída para essa crise? Por que adiá-la ainda mais? Vão estar coniventes com argumentações inconvenientes, cada vez mais intensas, com intenção de instaurar no país uma ditadura militar?
Vocês não se cansam, suas mãos ainda não estão sangrando, de tanto vergastar a cidadania daqueles que lhes elegeram acreditando que deveriam, por obrigação constitucional, representar seus interesses?