A FORÇA DA PROPAGANDA NA BESTIALIZAÇÃO DO SER HUMANO
Sabe-se que os meios de comunicação de massa, de forma direta ou através de mensagens subliminares, levam as pessoas a adotarem o pensamento que eles desejam. Temos de ter formação muito sólida para não nos deixarmos transformar em um "maria-vai-com-as-outras" ou adotar um comportamento de manada.
Quando esses meios de comunicação são manipulados por governantes, as pessoas se tornam praticamente aquilo que aqueles querem. O aparelho estatal, se desejar, açambarca muito facilmente o discurso que pretende que seja prevalecente ou mesmo único.
No Brasil atual, por exemplo, basta ver quantas Sheherazade foram silenciadas, em favor de um discurso oficial. Analisando o conteúdo geral dos diversos noticiosos das televisões brasileiras, por exemplo, quase não há diferença de um em relação aos outros. Seja na escolha das notícias seja no enfoque que se dá a elas. De tão tendenciosas, chegam a causar asco nas pessoas de espírito mais crítico.
E por que isso ocorre não é difícil de entender: o governo é, de longe, a fonte mais generosa de recursos para as TV, através de propagandas diversas, e tem o poder de pressão (com ameaças diversas).
O PT aprendeu como ninguém as lições do Ministro da Propaganda nazista (Joseph Goebbls, braço direito de Hitler), entre elas, esta: “Uma mentira dita cem vezes se torna verdade”. E por isso, mentem, mentem e mentem, tanto a favor de si quanto contra todos que se interpõem em seu caminho. O prevaricador ou afanador do dinheiro público vira herói e as pessoas de bem são conspurcadas com a lama mais podre das sarjetas.
Quem se der o trabalho de ler o excelente livro "1984", de George Orwell, vai ter uma noção muito precisa do que significa um estado onipresente e opressor. Quem presta a atenção ao que está a mais de um palmo além do nariz, quem acompanha as falas, os discursos e os programas do Foro de São Paulo (e que estão em suas atas à disposição de todos), entende bem o significado do que digo.
Há uma peça teatral do dramaturgo romeno Eugene Ionesco, O Rinoceronte, que trata de uma cidade em que todas as pessoas vão se transformando em rinocerontes. Depois de uma resistência inicial, as pessoas acabam por se convencer a se transformar nesse animal, tais quais os alemães, muitos deles tidos por intelectuais e esclarecidos, se tornavam nazistas fervorosos.
O Rinoceronte é uma alegoria da Guarda de Ferro (regime nazista romeno, da época de Ionesco), do nazismo da Alemanha e do fascismo da Itália. Ionesco, na realidade era contrário a todo regime totalitário (independentemente da ideologia adotada), como todo cidadão suficientemente consciente deveria ser.