BRASIL: NO DALTONISMO SOCIAL, QUAL É A COR DA FANTASIA?

Dia desses um acontecimento "fashion" tomou conta do mundo.

Penso que, a princípio, alguém ligado ao mundo da moda e do marketing resolveu lançar um modelito encalhado nas prateleiras e vendê-lo ao mundo.

Como sempre, pela força do marketing que tudo cria e transfigura aos olhos mais incautos e fantasiosos, qualquer realidade indigesta como a daquele vestido horroroso, pode ser comprada a toque de caixa como um luxo de consumo internacional e chique.

E claro que o mundo todo o comprou sem pestanejar.

O sucesso comercial e financeiro foi tão grande que o vestidinho conseguiria até o milagre de reverter o caos da economia e da bolsa mundial e subir a nossa descendente IBOVESPA!-o que prova que moda realmente dita comportamentos, revela personalidades e delineia "altas costuras".

Mas, aposto com o leitor que deveria ser "tipo" algo "made in china town", o comércio atual que falsifica até o D.N.A de qualquer mundo.

Não se falava noutro assunto: que cor seria o vestido preto e azul que também era branco e dourado?

Bem, havia quem jurassse que o vestido, sob a conexação anatômica dos impulsos neurofisiológicos partidos da retina ao encéfalo, sobre a inluência da luz incidente no meio, poderia ser da cor do arco-íris sonhada pelo freguês.

Além da neuro-anátomo-fisiologia, da física e obviamente da neurolínguísitca que permeia e direciona todos os sonhos impossíveis, claro, eu aqui estou a fazer uma analogia do fato ocorrido com tanto frenesi justamente com o nosso atual meio, algo sofrível dum evidente "daltonismo sócio- pólítico" que nos muda todas as cores dos nossos mais escuros cenários sociais para melhor, e nem digo ser ele apenas daltonismo de Brasil.

E todo mundo compra...ou comprou e agora haja direito do consumidor para quem adquiriu falsos sonhos...

Aliás, o planeta está daltônico e tal pudemos confirmar nas redes sociais que bombavam no compartilhamento do tal vestido "ouro de tolo" tão deselegante quanto a capacidade de ser cegamente manobrado pelos tantos "nadas" da atualidade.

Nem preciso dizer que enxerguei o vestido "off- white", algo "cor-de-burro-quando-foge", exatamente como hoje enxergo nosso cenário político e social que nos descortina um nítido futuro cada vez descolorido de prioridades elegantes...rumo ao nada planejado.

Por aqui conseguiram um modismo daltônico inusitado: num curto espaço de tempo pelas passarelas dos palanques das elegantes rendas francesas, proporcionar uma visão fantasiosa dos "sonhos de consumo" às massas de modo que todo inferno de fogo vermelho é promovido e festejado por ser considerado como um tranquilo céu de nuvens azuis.

Por aqui, nosso "verde -amarelo- -azul e branco" se descolore a passos largos dos olhos cegos e incoerentes num daltonismo que tinge nossa esperança de cores sem vida...sob as comemorações da prosperidade daltônica...

Tempos de telas de cores fictícias, desbotadas, a se registrar para a História...nas passarelas dos absurdos e das incongruências nada fashions.

Enquanto o mundo cai globalmente na dignidade, os cidadãos planetários discutem a cor do vestido azul e preto que cada um democraticamente enxerga como quiser, mas que historicamente, ao menos a mim, já se tornou ícone do modismo político das manipulações odiosas das massas.

Bem, cada um que escolha os modelitos que mais lhe convier, gosto não se discute, depois todos juntos mundialmente assumiremos todas as consequências do "menos vale um desgosto do que um horroroso vestido no corpo".

É quase um provérbio moderno sobre a Sacra lei que já foi escrita.

Como gosto d emoda, fui, fazer uma consulta "preta porter" para um novo modelito personalizado e único, que ilumine as cores da consciência da tristonha roupagem íntima, já que o daltonismo social atual nos coloca refém até do pulso das legítimas cores do pensamento sensato e silencioso.

Curtamos e compartilhemos toda e qualquer fantasia daltônica enquanto o tempo nos permitir sair no bloco das ilusões...a soerguermos nossas daltônicas fantasias no porta-estandarte dos tempos perdidos.