A Mobilização dos Caminhoneiros e a Conduta Reacionária da Presidente
Pois é, dona Dilma trata mobilizações pacíficas como se fosses ações de organizações criminosas. E olhe que esse movimento dos caminhoneiros é legítimo e justo, pois, como reza o mais comezinho dos direitos naturais, um povo oprimido, extorquido e espoliado tem direito a se levantar contra as autoridades. Basta ler os jusnaturalistas para saber do que falo.
Ora, o Petróleo é uma commoditie cujo preço caiu em mais em de 50%.
Em todos os países do mundo tal queda se refletiu nas bombas dos postos de gasolina. No Brasil, não. Pelo contrário, os preços subiram vertiginosamente. E, no caso da gasolina, além de ter subido, foi-lhe adicionada 27% de álcool. Portanto, subiu de duas formas, pois estamos pagando álcool como se fosse gasolina. Sem falar que os motores que devem funcionar só a gasolina, o etanol é danoso às peças dele, além do carro andar menos por litro de combustível.
O que aconteceu: causaram um rombo tão profundo na PETROBRAS que ela, para se recuperar, seus prejuízos têm de ser "socializados" com todo o povo (viu como é o "socialismo" do PT?), em vez de cortar gastos com a monstruosa e perdulária máquina administrativa.
E não é só por causa do aumento cavalar nos preços do combustível que os caminhoneiros estão em desgraça, não. A infraestrutura do país, conforme se sabe, se acabou. Longos trechos de nossas rodovias nem asfalto tem mais. Se chover, a viagem é interrompida. E os pneus têm de ser trocados constantemente por causa dos buracos. E quando chegam aos portos de exportação, as filas são literalmente quilométricas, pois eles, precarizados, já não dão conta da movimentação.
A grita pacífica do povo brasileiro em geral não é para tomar o poder. Tem caráter apenas reivindicatório. Já quando dona Dilma e seus comparsas saíam pelo Brasil, assaltando bancos, cofres e estabelecimentos comerciais, parte do que era roubado era para o consumo (trabalhar, eles achavam mais penoso do que levar o do alheio) e a outra parte gastava tentando derrubar o poder para instalar a ditadura socialista, nos moldes da URSS.
Curioso: dependendo do ponto de vista, os as palavras podem ter sentidos opostos.
O PT, quando na oposição, tachava de fascista, de reacionário, de elite retrógrada, os que estavam no poder e criavam obstáculos às mobilizações sociais. Hoje, o PT é quem está governando o país e usa os mesmos termos, agora contra os movimentos populares. Só há uma diferença: o PT usava de seus chavões para chegar ao poder. As mobilizações de hoje não têm essa ambição. Desejam apenas a moralização dos costumes políticos e outras reivindicações legítimas.