EM QUE O BRASIL GANHOU COM O IMPEACHMENT DO COLLOR?
1992, o presidente Collor havia traído aqueles que o colocaram no poder. Começou com políticas que restringiam créditos e ferravam com os importadores e exportadores. A ideia era conter a inflação e modernizar o país, sem dar sequência à antiga fórmula na qual modernizar significava se fazer, o país, cada vez mais escravo do imperialismo mundial. Isso era meio esquerdista.
Collor usava de meios militares para conseguir apoio para seus mirabolantes planos. A mesma forma ditatorial que acusam Dilma de fazer uso. Afrontava sem piedade a elite que desde antes daquela época comanda o Brasil. Aguçou a ira dessa elite que tratou logo de armar um circo – convocando os populares estúpidos para um levante – para se livrar da ameaça de existir já no primeiro governo eleito pós redemocratização a situação em que o pobre poderia se equiparar em alguma coisa com a majestosa burguesia de todo o sempre.
Armaram arapucas para o caçador de marajá. Inventaram a Casa da Dinda, o PC Farias (será que ele morreu mesmo?), compra de carro com cheque do Estado, imagem de usuário de certa droga que em Minas é muito falado ser da apreciação de certo político que nunca tem problema algum no que quer que se mete. E, por fim, acharam de tratar com o irmão do presidente, Pedro Collor (será que ele morreu mesmo?), de aparecer na mídia fazendo acusações contra o irmão por causa de um suposto caso de adultério envolvendo sua esposa e ele, o ex presidente boa pinta.
Na ocasião, a velha mídia golpista, que vemos trabalhar a nova deposição presidencial, fazia seus primeiros golpes contra o povo e veiculou todos esses assuntos em seus noticiários com a mesma técnica que veicula o Escândalo da Petrobrás e outros mais anti-PT para iludir e recrutar militantes desavisados e sem poder de discernimento entre o que é notícia e o que é golpe.
E como foram bem sucedidos: Criaram os alienados caras-pintadas e até hoje o povo pensa que foi ele quem depôs o presidente e não a mídia. Então, as empresas de comunicação que formam o complexo midiático brasileiro se especializaram nesse tipo de golpe, queimar a imagem de quem elas forem contratadas para queimar. E a Dilma, a bola da vez, que se cuide. Foi mexer com os donos do Brasil, querendo que seus representantes na política do país não recebessem mais o dinheiro que é empregado em suas campanhas eleitoreiras, o maldito financiamento que é a verdadeira fonte de toda corrupção, deu nisso!
De certa forma, tomara que esse complexo esteja mais eficiente e não demore tanto com esse novo impedimento, pois eu não tenho mais saco para andar de ônibus e ter que, diária e inevitavelmente, ler as letras garrafais a estampar a mesma balela dos pasquins que gente que aprende a ler só para lê-los (antes era só sobre o futebol, os crimes e as besteiras da TV) adora perder vinte e cinco centavos comprando.
Mas, enfim, no que o impeachment do Collor foi bom para o Brasil ou pelo menos para as classes populares? Se o ex-presidente incomodava a todos por causa das denúncias de corrupção, de vida fútil às custas do Poder Público e de omissão quanto a casos de falcatruas envolvendo políticos e empresários, era para isso ter se acabado com a deposição do presidente. A própria mídia teria que se vir obrigada a noticiar um Brasil novo, sem corrupção, a caminho do progresso. Do contrário, pareceria o que parece agora: Querem convocar o povo para tirar o presidente só para que uma elite oculta da maioria tome o posto e faça mais do mesmo, porém, mais avalizada e por essa razão com mais tolerância por parte das vítimas do sistema.
Se não resolveu porra nenhuma, logo, para quê o Brasil gastou uma grana com o impeachment? Era melhor tentar outras soluções em vez de depor o chefe do parlamento. Coisas como comprometê-lo – não só o presidente, mas toda a classe política, pois todos votam projetos de seus interesses e têm culpa no cartório – a trabalhar direito sob o risco de assumir penas severas pelo não cumprimento da sentença. Em vez de ter um dispendioso showzinho porco de queda de político importante, que não significa nada para o povo – apenas para a audiência do rádio, da TV e de outras mídias –, ter obras públicas realizadas oriundas da pena de trabalhos forçados para o bem do país, que os maliciosos e preguiçosos políticos – incluindo a bancada evangélica – não gostam nem um pouco de se submeter .
Vamos ver o que aconteceu nos governos que se seguiram ao impeachment do Collor para sabermos se isso é mesmo algo solucionador e se nós podemos contar com o romântico instrumento democrático para resolver nossas questões primárias. Vamos ver se o impeachment – que é a pena de morte para um presidente da república – faz mesmo com que presidentes, senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores aprendam a lição e governem para o Brasil e não para eles e os seus patrocinadores.
ESCÂNDALOS OCORRIDOS NOS GOVERNOS APÓS FERNANDO COLLOR
* Para dar autenticidade aos casos citados é preciso pesquisar mais. A fonte (http://www.brasilbrasileiro.pro.br/escandalos.htm) pode ser tendenciosa. Não consta na lista os escândalos apontados no Governo Dilma Roussef
Governo Itamar Franco
(Itamar Augusto Cautiero Franco) ( 1992- 1995)
32 casos em 3 anos de governo
Centro Federal de Inteligência
(Criação da CFI para combater corrupção
em todas as esferas do governo)
Caso Edmundo Pinto
Escândalo do DNOCS
(Departamento Nacional de Obras contra a Seca)
(ou caso Inocêncio Oliveira)
Escândalo da IBF ( Indústria Brasileira de Formulários)
Escândalo do INAMPS
( Instituto Nacional de Assistência Previdência Social)
Irregularidades no Programa Nacional de Desestatização
Caso Nilo Coelho
Caso Eliseu Resende
Caso Queiroz Galvão (em Pernambuco)
Escândalo da Telemig (Minas Gerais)
Jogo do Bicho (ou Caso Castor de Andrade) (no Rio de Janeiro)
Caso Ney Maranhão
Escândalo do Paubrasil (Paubrasil Engenharia e Montagens)
Escândalo da Administração de Roberto Requião
Escândalo da Cruz Vermelha Brasileira
Caso José Carlos da Rocha Lima
Escândalo da Colac (no Rio Grande do Sul)
Escândalo da Fundação Padre Francisco de Assis Castro Monteiro
(em Ibicuitinga, Ceará)
Escândalo da Administração de Antônio Carlos Magalhães (Bahia)
Escândalo da Administração de Jaime Campos (Mato Grosso)
Escândalo da Administração de Roberto Requião (Paraná)
Escândalo da Administração de Ottomar Pinto (em Roraima)
Escândalo da Sudene de Pernambuco
Escândalo da Prefeitura de Natal (no Rio Grande do Norte)
CPI do Detran (em Santa Catarina)
Caso Restaurante Gulliver (tentativa do governador Ronaldo Cunha Lima matar o governador antecessor Tarcísio Burity, por causa das denúncias de Irregularidades na Sudene de Paraíba)
CPI do Pó (em Paraíba)
Escândalo da Estacom (em Tocantins)
Escândalo do Orçamento da União
(ou Escândalo dos Anões do Orçamento ou CPI do Orçamento)
Compra e Venda dos Mandatos dos Deputados do PSD
Caso Ricupero (também conhecido como "Escândalo das Parabólicas").
Governo FHC
(Fernando Henrique Cardoso) (1995- 2003)
44 casos em 8 anos de governo
Escândalo do Sivam
(Primeira grave crise do governo FHC)
Escândalo da Pasta Rosa
Escândalo da CONAN
Escândalo da Administração de Paulo Maluf
Escândalo do BNDES
(verbas para socorrerem ex-estatais privatizadas)
Escândalo da Telebrás
Caso PC Farias
Escândalo da Compra de Votos Para Emenda da Reeleição
Escândalo da Venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)
Escândalo da Previdência
Escândalo da Administração do PT
(primeira denúncia contra o Partido dos Trabalhadores
desde a fundação em 1980,
feito pelo militante do partido Paulo de Tarso Venceslau)
Escândalo dos Precatórios
Escândalo do Banestado
Escândalo da Encol
Escândalo da Mesbla
Escândalo do Banespa
Escândalo da Desvalorização do Real
Escândalo dos Fiscais de São Paulo (ou Máfia dos Fiscais)
Escândalo da Mappin
Dossiê Cayman
(ou Escândalo do Dossiê Cayman ou Escândalo do Dossiê Caribe)
Escândalo dos Grampos Contra FHC e Aliados
Escândalo do Judiciário
Escândalo dos Bancos
CPI do Narcotráfico
CPI do Crime Organizado
Escândalo de Corrupção dos Ministros no Governo FHC
Escândalo da Banda Podre
Escândalo dos Medicamentos
(grande número de denúncias de remédios falsificados
ou que não curaram pacientes)
Quea do Monopólio do Petróleo (criação da ANP)
Escândalo da Transbrasil
Escândalo da Pane DDD do Sistema Telefônico Privatizado (o "Caladão")
Escândalo dos Desvios de Verbas do TRT-SP
(Caso Nicolau dos Santos Neto , o "Lalau")
Escândalo da Administração da Roseana Sarney (Maranhão)
Corrupção na Prefeitura de São Paulo (ou Caso Celso Pitta)
Escândalo da Sudam
Escândalo da Sudene
Escândalo do Banpará
Escândalo da Quebra do Sigilo do Painel do Senado
Escândalos no Senado em 2001
Escândalo da Administração de Mão Santa (Piauí)
Caso Lunus (ou Caso Roseana Sarney)
Acidentes Ambientais da Petrobrás
Abuso de Medidas Provisórias (5.491)
Escândalo do Abafamento das CPIs no Governo do FHC
Governo Lula
(Luiz Inácio Lula da Silva) (desde 2003)
101 casos em 4 anos de governo.
Caso Pinheiro Landim
Caso Celso Daniel
Caso Toninho do PT
Escândalo dos Grampos Contra Políticos da Bahia
Escândalo do Proprinoduto
(também conhecido como Caso Rodrigo Silveirinha )
CPI do Banestado
Escândalo da Suposta Ligação do PT com o MST
Escândalo da Suposta Ligação do PT com a FARC
Privatização das Estatais no Primeiro Ano do Governo Lula
Escândalo do Gasto Públicos dos Ministros
Irregularidades do Fome Zero
Escândalo do DNIT
(envolvendo os ministros Anderson Adauto e Sérgio Pimentel)
Escândalo do Ministério do Trabalho
Licitação Para a Compra de Gêneros Básicos
Caso Agnelo Queiroz
(O ministro recebeu diárias do COB para os Jogos Panamericanos)
Escândalo do Ministério dos Esportes
(Uso da estrutura do ministério para organizar a festa de aniversário
do ministro Agnelo Queizoz)
Operação Anaconda
Escândalo dos Gafanhotos (ou Máfia dos Gafanhotos)
Caso José Eduardo Dutra
Escândalo dos Frangos (em Roraima)
Várias Aberturas de Licitações da Presidência da República
Para a Compra de Artigos de Luxo
Escândalo da Norospar
(Associação Beneficente de Saúde do Noroeste do Paraná)
Expulsão dos Políticos do PT
Escândalo dos Bingos
(Primeira grave crise política do governo Lula)
(ou Caso Waldomiro Diniz)
Lei de Responsabilidade Fiscal
(Recuos do governo federal da LRF)
Escândalo da ONG Ágora
Escândalo dos Copos
(Licitação do Governo Federal para a compra de 750 copos de cristal para vinho, champagne, licor e whisky)
Caso Henrique Meirelles
Caso Luiz Augusto Candiota
(Diretor de Política Monetária do BC,
é acusado de movimentar as contas no exterior
e demitido por não explicar a movimentação)
Caso Cássio Caseb
Caso Kroll
Conselho Federal de Jornalismo
Escândalo dos Vampiros
Escândalo das Fotos de Herzog
Uso dos Ministros dos Assessores em Campanha Eleitoral de 2004
Escândalo do PTB
(Oferecimento do PT para ter apoio do PTB em troca de cargos,
material de campanha e R$ 150 mil reais a cada deputado)
Caso Antônio Celso Cipriani
Irregularidades na Bolsa-Escola
Caso Flamarion Portela
Irregularidades na Bolsa-Família
Escândalo de Cartões de Crédito Corporativos da Presidência
Irregularidaes do Programa Restaurante Popular
(Projeto de restaurantes populares beneficia prefeituras
administradas pelo PT)
Abuso de Medidas Provisórias no Governo Lula
entre 2003 e 2004 (mais de 300)
Escândalo dos Correios
(Segunda grave crise política do governo Lula.
Também conhecido como Caso Maurício Marinho)
Escândalo do IRB
Escândalo da Novadata
Escândalo da Usina de Itaipu
Escândalo das Furnas
Escândalo do Mensalão
(Terceira grave crise política do governo.
Também conhecido como Mensalão)
Escândalo do Leão & Leão
(República de Ribeirão Preto ou Máfia do Lixo ou Caso Leão & Leão)
Escândalo da Secom
Esquema de Corrupção no Diretório Nacional do PT
Escândalo do Brasil Telecom
(também conhecido como Escândalo do Portugal Telecom
ou Escândalo da Itália Telecom)
Escândalo da CPEM
Escândalo da SEBRAE (ou Caso Paulo Okamotto)
Caso Marka/FonteCindam
Escândalo dos Dólares na Cueca
Escândalo do Banco Santos
Escândalo Daniel Dantas - Grupo Opportunity
(ou Caso Daniel Dantas)
Escândalo da Interbrazil
Caso Toninho da Barcelona
Escândalo da Gamecorp-Telemar
(ou Caso Lulinha)
Caso dos Dólares de Cuba
Doação de Roupas da Lu Alckmin
(esposa do Geraldo Alckimin)
Doação de Terninhos da Marísia da Silva
(esposa do presidente Lula)
Escândalo da Nossa Caixa LI
Escândalo da Quebra do Sigilo Bancário do Caseiro Francenildo
(Quarta grave crise política do governo Lula.
Também conhecido como Caso Francenildo Santos Costa)
Escândalo das Cartilhas do PT
Escândalo do Banco BMG
(Empréstimos para aposentados)
Escândalo do Proer
Escândalo do Sivam
Escândalo dos Fundos de Pensão
Escândalo dos Grampos na Abin
Escândalo do Foro de São Paulo
Esquema do Plano Safra Legal (Máfia dos Cupins)
Escândalo do Mensalinho
Escândalo das Vendas de Madeira da Amazônia
(ou Escândalo Ministério do Meio Ambiente).
69 CPIs Abafadas pelo Geraldo Alckmin (em São Paulo)
Escândalo de Corrupção dos Ministros no Governo Lula
Crise da Varig
Escândalo das Sanguessugas
(Quinta grave crise política do governo Lula.
Inicialmente conhecida como Operação Sanguessuga
e Escândalo das Ambulâncias)
Escândalo dos Gastos de Combustíveis dos Deputados
CPI da Imigração Ilegal
CPI do Tráfico de Armas
Escândalo da Suposta Ligação do PT com o PCC
Escândalo da Suposta Ligação do PT com o MLST
Operação Confraria
Operação Dominó
Operação Saúva
Escândalo do Vazamento de Informações da Operação Mão-de-Obra
Escândalo dos Funcionários Federais Empregados que não Trabalhavam
Mensalinho nas Prefeituras do Estado de São Paulo
Escândalo dos Grampos no TSE
Escândalo do Dossiê
(Sexta grave crise política do governo Lula)
ONG Unitrabalho
Escândalo da Renascer em Cristo
CPI das ONGs
Operação Testamento
CPI do Apagão Aéreo
Operação Hurricane