PROBLEMAS SÉRIOS EM NOSSA MATRIZ ENERGÉTICA: A CULPA DA PRESIDENTE
Tudo que Dilma proclamou que o adversário faria se ganhasse as eleições, ela tem feito agora sem dó nem piedade(desde tomar medidas duras em relação às normas trabalhistas até o aumento generalizado de preços). Perversidade contra o elo mais fraco da cadeia econômica!
Se há um setor em que Dilma é particularmente culpada é o de energia.
Ela foi ministra das Minas e Energia de Lula, da Casa Civil e está no segundo mandato de Presidente da República. Ninguém mais do que ela, portanto, conhece ou deveria conhecer os graves problemas e limitações da nossa matriz energética.
Em vez de investir em fontes alternativas, como a energia eólica (redes de transmissão), solar e biomassa, que nos tornariam menos dependentes de chuvas, preferiu sucatear o que já existia. Aqueles apagões causados por raios, por exemplo, ocorrem por falta de manutenção. Relâmpagos ocorrem em toda parte e a qualquer instante. Se os cabos e a fiação estiverem bem isolados, nada acontece. Os raios vão parar no solo. Porém, se aqueles não estiverem bem protegidos, funcionam como para-raios e causam blecautes.
Toneladas e toneladas de bagaço de cana poderiam gerar uma quantidade de energia com pouco investimento e até beneficiariam as usinas de açúcar e álcool com um ganho extra (e gerariam mais empregos) se fossem construídas redes de transmissão, o mesmo que ocorreria com a energia eólica.
Já no caso da energia solar, os painéis são caros, mas baixaria drasticamente de preço se fossem produzidos em grande escala. Cada casa ou fazenda e até algumas fábricas poderiam ser autossuficientes na energia que consomem, mas isso é desestimulado por não gerar taxas de energia.
O governo (e isso começou com FHC, como medida de emergência) preferiu a opção mais cara e poluente como alternativa à hidreletricidade: as termelétricas, cujo custo de produção é quase dez vezes mais alto do que as outras opções, além de ser grande provocadora de doenças, sobretudo das vias respiratórias.
A inércia petista nos deixou em situação de desespero, pois estamos no limite. A "sorte" é que estamos em recessão econômica, pois o gargalo energético não permite que cresçamos nada. Também: o petróleo está com o preço muito baixo no mercado internacional e isso faz com que, mesmo que não se aumente a gasolina na bomba, a permanência dos preços praticados já representa um aumento de 50%, pois foi essa a queda do valor da commoditie no mercado internacional.
Mas, para tentar tapar o rombo de bilhões e bilhões (já se constatou mais 88 bilhões de reais em corrupção), o aumento se faz necessário para tentar salvar a PETROBRAS. Houve desvio para eleger os petistas e mantê-los em vida nababesca, mas o custo dessa farra será devidamente socializado. Aliás, governos socialistas, de viés marxista, são extremamente democratas no sentido de dividirem bem os prejuízos causados por um punhado de tiranos (que tiram tiram e tiram do povo).
A gasolina tem subido de outra forma menos perceptível (que nem sequer é registrado pela inflação, mas atinge o bolso): nela já há 25% de álcool e já está previsto para chegar a 27%. O álcool é mais barato e tem rendimento menor (faz menos km por litro), mas fica sendo vendido como se fosse gasolina.