Confronto de Entrevistas sobre Petrobras
Temos repetido aqui a frase: “não julgueis sem antes ouvir as duas faces da questão”. Assim, o telespectador teve a oportunidade de ver a entrevista de quem acusa e de quem se defende. Só que a questão foi jogada para uma situação de hermenêutica. E a interpretação fica um pouco tendenciosa, segundo o lado partidário, situação ou oposição.
Entretanto, quem está na coluna do meio, conforme a zebrinha que anunciava o resultado dos jogos da loteria esportiva, vai no sentido denotativo e não conotativo das palavras.
Vejamos o exemplo: o lado “A” diz que, embora não tenha falado em corrupção, informou haver irregularidades. O lado “B”, indagado se realmente houve irregularidades, responde que a coisa não ocorreu de “conformidade com os procedimentos”.
Então, vejamos. Se não estava de acordo com os procedimentos, entendemos que estava irregular. Se estava irregular, merecia uma correção para ajustar-se à regularidade.
Se o tema versava sobre o código de ética da empresa, teria de saber se houve ou não a quebra da ética, o que constitui irregularidade. O superior hierárquico não pode fazer “ouvido de mercador” para o seu subordinado.
Se não entendeu, pede para ser mais claro, a exemplo daquele funcionário que chegou ao trabalho todo de branco e disse: “hoje eu vim de branco para ser mais claro”. A comunicação envolve transmissor, meio e receptor. Se o meio ou caminho estava truncado, que buscassem a reconstrução para a completa comunicação, pois, como já dizia Chacrinha, “Quem não se comunica se trumbica.” Assim, se não houver novos esclarecimentos, o negócio continua “TRUMBICADO”.