Extremismo

Imagine uma corda, um barbante, um pedaço de linha. É fácil perceber que no fim de cado lado deste pedaço de linha são as extremidades, não é? Elas são diametralmente opostas (esquerda e direita) e pode-se dizer que em nada têm a ver uma com a outra (a não ser o fato físico que são pontas extremas do mesmo barbante).

Posso dizer que são como ideias. Mas como são as pontas extremas de uma barbante, seriam como ideias levadas ao ponto de maior extremismo. Oras... as duas não se alinham, em muito se diferem (tirando o fato de serem da mesma linha, do mesmo barbante). Além disso, de serem fisicamente parte de uma mesma coisa, em que essas extremidades, essas ideias se assemelham?

É muito simples. Mesmo que como ideais levadas ao extremo, ou como as extremidades da mesma linha (que não têm como se encontrar, a menos que eu una as duas pontas; elas por si mesmas, sem um agente ou um acaso qualquer como o vento, não teriam como se encontrar) se igualam porque são duas pontas, dois extremos.

É porque são extremos que se encontram. Nas extremidades de ideias distintas, elas são parecidas, porque ambas são extremas. Últimas, levadas às beiradas inalcançáveis de seus extremos.

Cuidado com ideias levadas aos seus extremos... mesmo que elas sejam diametralmente opostas e incoerentes se forçadas por um agente a se encontrarem, não deixam de ser Extremas.

Olhe sempre com cuidado para a Extremidade de uma ideia. Porque do outro lado está o extremo de uma outra ideia conflitante. E ambas, mesmo que completamente opostas, se encontram por serem extremas: duas extremidades, quase como as duas pontas finais de um mesmo barbante.