Marketing Político
Usa-se pejorativamente o termo marqueteiro para o profissional do marketing político, ao invés de marketólogo, exatamente pela função maquiavélica que ele vai exercer. Não vai fazer a real publicidade do candidato, mas divulgar tão somente aquilo que o eleitor quer saber. Para isso, quando no seu programa há uma proposta impopular, ele diz que é o adversário quem vai fazer. Cito apenas um exemplo do primeiro confronto de Lula e Collor, num debate. Disse Collor a Lula: “Lula, você não pode mexer no que há de mais sagrado para o pobre: a sua poupança”. Isto, insinuando que se Lula fosse eleito iria confiscar a poupança. Eis aí um golpe certeiro. Lula perdeu a eleição. E logo no dia 16 de março de 1990, um dia após a posse do Presidente Collor, a poupança foi bloqueada.
Nos casos recentes, nem vou citar o que um disse do outro. Prometi que aqui não mais falaria em política. O propósito foi apenas o de mostrar o desvirtuamento dos termos marketólogo e marqueteiro. O profissional formalmente habilitado na área de marketing odeia o termo marqueteiro, não só pelo seu uso pejorativo, mas, certamente, pelo seu propósito maquiavélico adotado na política, o chamado “VALE TUDO”. Até como alguns políticos já têm dito: “VALE ATÉ PISAR NO PESCOÇO DA MÃE”. Deles, é claro.