A NOITE DOS MORTOS-VIVOS (III)

É preciso vencer uma vaidade e um narcisismo orgânico, atávico, que não têm força intelectual para encarar. Se pudessem se ver no espelho das novas solicitações da atualidade, que poderia restar de aproveitável para os dias de agora? Desejam justificar, de qualquer modo, que não são semelhantes, para não dizer iguais, àqueles que fazem da política um trampolim para o enriquecimento ilícito. Querem-se fazer crer que a corrupção fantástica e incomensurável dos governos Lulla Gullag e Dilma Pasadena é uma inclusão ética de somenos importância política, jurídica e social, diversa da corrupção anterior de seus supostos opositores do jogo dito democrático. Recusam-se a se ver enquanto no espelho político reflexo, econômico, jurídico e social de seus supostos opositores. Querem-se melhores do que eles. Em quê? São, não parcialmente, são absolutamente semelhantes, para não dizer iguais, em realizações sociais demagógicas, administrativas. Têm a mesma “ética” de seus antepassados. A mesma energia paleolítica os guia em direção ao poder pelo poder. Não veem que seus discursos são, não parcialmente, mas absolutamente iguais à demagogia de palanque de seus supostos adversários. E querem se manter no poder usando recursos pretensamente ideológicos que os conduzem à reprodução dos esquemas de governar estalinistas, autoritários, com a fantasia de adolescentes ainda com suas falas entusiasmadas pela cerveja, o conhaque, os chopes, as caipirinhas de vodka, e os embalos de sábado à noite extasiados pela argumentação ideológica mais anacrônica possível.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 23/10/2014
Reeditado em 19/12/2014
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