Para entender 'o que está em disputa' no segundo turno da eleição presidencial brasileira
A mais recente edição (número 87, de outubro de 2014) de Le Monde Diplomatique Brasil, traz um esclarecedor artigo do professor Eduardo Fagnani acerca do tema.
O artigo pode ser lido na íntegra em:
http://www.diplomatique.org.br/edicao_mes.php
Sob o título "O que está em disputa - Escolhas cruciais, futuro incerto", o professor do Instituto de Economia da Unicamp examina os dois projetos que sinalizam direções opostas na condução da política e da economia do Brasil.
De um lado "O projeto encabeçado por Dilma Rousseff procura impulsionar a perspectiva 'social-desenvolvimentista', fortalecida a partir de 2006, na qual a inclusão social e a distribuição de renda são os eixos estruturantes" e, de outro, Aécio Neves encabeça um projeto neoliberal e antidesenvolvimentista.
"Não existe mágica para conciliar objetivos ideologicamente tão irreconciliáveis. O que está em jogo é um conflito redistributivo entre o capital e o trabalho. O primeiro quer se sentar nas cadeiras cativas do Ministério da Fazenda, do Banco Central e do Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal para interferir no processo decisório que realimente a captura de fundos públicos para ampliar seus lucros operacionais e financeiros. O segundo não quer mais ser tratado como cidadão de segunda classe".
O professor Fagnani diz que "tem razão Zahluth Bastos quando afirma que 'vivemos no Brasil, hoje, uma disputa entre aqueles que querem continuar expandindo salários reais, direitos sociais e bens públicos, e aqueles que consideram que a sobrecarga democrática gera irracionalidades econômicas que acabam prejudicando os próprios cidadãos. Os primeiros estavam nas ruas de 2013, os segundos estão em gabinetes propondo isolar a politica econômica da pressão das ruas.' Prometer conciliar esses interesses opostos é gesto desavergonhado para iludir incautos."
O itálico no trecho acima é para destacar sua identificação com a tese da perversidade de Hirschman, já examinada aqui mesmo neste espaço. Vide:
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4950686
O texto integral do artigo do Professor Zahlut Bastos (de onde Fagnani extraiu a citação) pode ser acessado no link abaixo:
http://brasildebate.com.br/o-banco-central-independente-e-os-20-centavos/
Eduardo Fagnani encerra seu artigo com estas palavras: "O futuro do Brasil está em aberto e a hora da decisão se aproxima."
Eu me solidarizo com ele e desejo fervorosamente que saibamos escolher pelo voto o melhor para o Brasil e para todos os brasileiros.
A mais recente edição (número 87, de outubro de 2014) de Le Monde Diplomatique Brasil, traz um esclarecedor artigo do professor Eduardo Fagnani acerca do tema.
O artigo pode ser lido na íntegra em:
http://www.diplomatique.org.br/edicao_mes.php
Sob o título "O que está em disputa - Escolhas cruciais, futuro incerto", o professor do Instituto de Economia da Unicamp examina os dois projetos que sinalizam direções opostas na condução da política e da economia do Brasil.
De um lado "O projeto encabeçado por Dilma Rousseff procura impulsionar a perspectiva 'social-desenvolvimentista', fortalecida a partir de 2006, na qual a inclusão social e a distribuição de renda são os eixos estruturantes" e, de outro, Aécio Neves encabeça um projeto neoliberal e antidesenvolvimentista.
"Não existe mágica para conciliar objetivos ideologicamente tão irreconciliáveis. O que está em jogo é um conflito redistributivo entre o capital e o trabalho. O primeiro quer se sentar nas cadeiras cativas do Ministério da Fazenda, do Banco Central e do Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal para interferir no processo decisório que realimente a captura de fundos públicos para ampliar seus lucros operacionais e financeiros. O segundo não quer mais ser tratado como cidadão de segunda classe".
O professor Fagnani diz que "tem razão Zahluth Bastos quando afirma que 'vivemos no Brasil, hoje, uma disputa entre aqueles que querem continuar expandindo salários reais, direitos sociais e bens públicos, e aqueles que consideram que a sobrecarga democrática gera irracionalidades econômicas que acabam prejudicando os próprios cidadãos. Os primeiros estavam nas ruas de 2013, os segundos estão em gabinetes propondo isolar a politica econômica da pressão das ruas.' Prometer conciliar esses interesses opostos é gesto desavergonhado para iludir incautos."
O itálico no trecho acima é para destacar sua identificação com a tese da perversidade de Hirschman, já examinada aqui mesmo neste espaço. Vide:
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4950686
O texto integral do artigo do Professor Zahlut Bastos (de onde Fagnani extraiu a citação) pode ser acessado no link abaixo:
http://brasildebate.com.br/o-banco-central-independente-e-os-20-centavos/
Eduardo Fagnani encerra seu artigo com estas palavras: "O futuro do Brasil está em aberto e a hora da decisão se aproxima."
Eu me solidarizo com ele e desejo fervorosamente que saibamos escolher pelo voto o melhor para o Brasil e para todos os brasileiros.