Éramos todos brasileiros...

No inicio do ano de 2002, as vésperas de uma nova eleição presidencial, vieram as discussões sobre a manutenção do plano real e os avanços econômicos que se originaram dele; apesar de nas ruas o clamor popular pedir por mudanças. Vimos nas urnas se confirmar o fim da era FHC e no princípio do ano de 2003, ainda receosos com a acensão de Inácio Lula da Silva no comando do Brasil, torcíamos e sonhávamos com melhorias em todas as áreas sociais.

A bem da verdade, o governo Lula conseguiu manter a inflação em baixa e os avanços sociais aos poucos foram alcançados, com a redução das taxas de desemprego e melhoria no IDH (índice de desenvolvimento humano). A inserção de politicas de auxilio a população de baixa renda que já existiam no governo FHC foram aprimoradas atingindo uma parcela maior da população brasileira.

Vimos aumento real no salário do trabalhador, entretanto, também vivenciamos a constante perda do poder de compra no salário dos aposentados. Vimos o "luz para todos" iluminar os recantos do país, contudo, também testemunhamos a alta dos valores cobrados nas tarifas públicas; para se ter um exemplo: Lembrem-se que todos nós pagávamos uma tarifa única para consumidores de até 220 Kwy/mês mais 12% de ICMS, e após o governo Lula iniciar seu mandato, somente os chamados "baixa renda" e que consumem até 80kwy/ mês são beneficiários de tarifas menores. Confira na fatura a quantidade de taxas inseridas.

Já com a possibilidade de governar por muitos e muitos anos, todos os sonhos e promessas feitas ao povo brasileiro foram trocados por um projeto de poder partidário, e ai se deu a enxurrada de programas populistas e escândalos de corrupção. A nau petista naufragou levando seus pares a cadeia, embora, alguns já comemorem a indulgencia de seus pecados.

Mas, voltando ao sentimento que agora aflora neste brasileiro, filho de nordestinos e paulista por nascimento. Há por parte de uma militância petista arrogante o destempero emocional, o partidarismo leviano de imputar de forma cruel e temerosa uma divisão de classes, gêneros e cor em nossa amada Nação. Querem a todo custo ofertar inverdades na mídia auferindo ao povo paulista a pecha de anti-nordestinos; como se não reconhecessem a nossa própria origem e pasmem, desmerecendo até mesmo a história de seu maior ícone, Lula, homem forjado na luta sindical em São Paulo.

Ousam, feito meretrizes que se vendem a um punhado de dinheiro, destruir a família brasileira, destilando ódio, mentiras, construindo barreiras, pois, querem a todo preço afiançar o descalabro de roubos que se perpetuam neste atual governo. "O que é um mensalão diante de um tucanato?", justificam-se a cada nova denuncia. Mas, não enxergam que é por este e por outros que ainda serão descobertos que o povo paulista destituiu a tentativa de se apoderar do maior estado do Brasil. São Paulo, em 1932 foi a VANGUARDA no enfrentamento de um governo militar, agora, novamente se coloca na vanguarda da luta contra um governo, outrora, forjado sobre o sonhos e anseios de todos os brasileiros, todavia, que jaz vilipendiado ao bel prazer de uma dezena de "companheiros"...

Doze anos se passaram e o povo conclama novamente uma mudança de rumo, uma nova ordem e uma nova forma de se fazer politica, mas, já não somos uma nação igualitária, com projetos e sonhos convergindo para melhoria de todos. Estão aos poucos destruindo o sentimento de irmandade que nos une, que nos fortalece. Tudo em nome da manutenção do poder, da sigla partidária, dos ganhos pessoais. Que o ano de 2014 não termine com este lamento: Éramos todos brasileiros.

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Conheça também o lado cômico deste autor, lendo as entrevistas de SALVADOR PICUINHA.