O Brasil em Ruínas: um apelo à razão.
Todo tipo de fanatismo deve ser evitado, seja ele religioso, ideológico ou político. Em relação aos dois últimos, especialmente, tenho uma preocupação que, de algum tempo para cá, só faz crescer. Refiro-me a fanáticos militantes de um certo partido que, há 12 anos, desvirtua de modo sistemático os nobres ideais que defendia, antes de chegar ao poder: zelar pela ética e pela honestidade, na política brasileira.
Pelo contrário, o partido em questão elevou a corrupção e a roubalheira a níveis nunca antes vistos, na triste história deste país. Montanhas de dinheiro público foram desviadas, a fim de garantir-lhe a governabilidade. Escândalos de improbidade administrativa e peculato sucederam-se aos montes. Líderes muito próximos do então presidente foram condenados e presos, por orquestrarem e participarem ativamente de um megaesquema criminoso. A mais importante estatal brasileira foi dilapidada, e seu valor de mercado hoje, em função da má gestão, é a metade do que era há 10 anos. Tudo isso aliado a um programa de governo populista e mal-intencionado, que vem arruinando a economia ao inspirar-se em ideologias absolutamente retrógradas e malfadadas. E quem deveria se explicar por isso tudo, quando perguntado, limita-se a um conciso e ultrajante “Não sei de nada!”.
No entanto, como se tudo isso fosse ainda pouco, seguidores fanáticos do tal partido preferem deixar de lado a razão, apegando-se ainda mais à ilusão que lhes foi vendida. As evidências do descalabro, contudo, aí estão – incontestáveis, escabrosas e incoercíveis –, aos olhos de quem quiser ver.
Nesse sentido, a propósito, vem a calhar o sábio ditado popular: “O pior cego é aquele que não quer enxergar.”