MAL SE FOI A COPA E JÁ VÊM AS ELEIÇÕES! E AGORA GOIÁS?

Conforme prometido em artigo anterior, neste abordaremos algumas questões eleitorais voltados para o Estado de Goiás.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a estimativa global de gastos na campanha eleitoral deste ano, em Goiás, é de mais de dois bilhões de reais. São ao todo novecentos e quinze candidatos, entre concorrentes aos cargos de deputados estadual e federal, senadores e governador, habilitados a participar do pleito. Cerca de seis candidatos ao cargo de governador, sete na disputa ao Senado e mais 14 suplentes e ainda 152 na briga pelas 17 vagas à Câmara dos Deputados e 728 na disputa pelas 41 cadeiras na Assembleia Legislativa.

Somente os seis candidatos ao cargo de governador declararam como limite de gastos mais de 100 milhões de reais. Iris Rezende, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) que teoricamente terá a campanha mais cara declarou que pretende gastar 35 milhões de reais; seguido pelo governador Marconi Perillo, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que almeja gastar pelo menos 26 milhões de reais; Já Vanderlan Cardoso, do Partido Socialista Brasileiro (PSB) declarou uma campanha consumista de 25 milhões de reais; e Alexandre Magalhães, do Partido Social Democrata Cristão (PSDC) deve gastar 15 milhões de reais. As duas campanhas com menos gastos são a de Marta Jane, do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e Wesley Garcia, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

Ainda segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o valor patrimonial dos seis governadoriáveis segue esta escala: Vanderlan Cardoso possui o maior patrimônio, chegando a R$ 30 milhões; deixando o peemedebista Iris Rezende atrás com R$ 20,1 milhões; Alexandre Magalhães possui R$ 9.246.180,00; Marconi Perillo declarou R$ 3.781.522,81; Wesley Garcia informou ter R$ 130 mil; e Marta Jane declarou um patrimônio de R$ 30 mil.

Gastos com campanhas milionárias e patrimônios à parte, vamos ao que mais interessa ao povo: Uma breve demonstração de como anda o Estado de Goiás e possibilidades ou não de melhorias com o vencedor da disputa eleitoral.

Há muito Goiás está entregue ao descaso público, falta educação, saúde, respeito para com o povo, esporte, lazer, cultura, segurança pública e sobra violência! Não adianta tentar jogar culpa num ou noutro gestor, todos eles falharam em alguns pontos. Ora, se a falência do Cidadão 2000, a extinção das escolinhas de futebol e teatro nos bairros foi o passaporte para enviar nossas crianças e adolescentes para o mundo do crime e das drogas, ao ponto de transformar a Capital do Estado numa penúria só, a ausência de políticas de combate à violência, somado à negligência total e falta de construção de escolas estaduais, principalmente nos novos bairros de Goiânia, conduz a classe estudantil ao caminho do inferno. Aliás, propagandas elucidam a construção de centenas de novas salas de aulas construídas pelo Estado, visite pelo menos cinco novos bairros de Goiânia construídos de 2009 para cá e veja se há sequer uma escola erguida pelo Estado. O temor maior do povo é que ao terminar dessas eleições os moradores, principalmente os das regiões periféricas, continuarão sendo alvos de combates políticos e a pagar um alto preço pelo fato de um governo não querer beneficiar uma região simplesmente por ela ter sido povoada e entregue pelo opositor e, por conta disso, não poder chegar benefícios nesses novos bairros.

Outro problema gravíssimo, mais do que nunca, trata-se da precariedade da segurança oferecida pelo Estado de Goiás que tem deixado o cidadão de bem no mais alto grau de vulnerabilidade. Lamentavelmente, os goianos e, sobretudo, os goianienses viraram reféns de um aparelhamento desmantelado e sem gerenciamento de segurança pública, isto é, foram transformados em alvos fáceis dos bandidos que parecem mais fortes que um Estado. O fato é que em toda a história goiana, as cifras da violência nunca foram tão alarmantes e os números de assassinatos aumentam a cada dia, ou pior ainda, a cada hora. Nunca se viu tantas crianças e adolescentes caminhando para o “paraíso” da marginalidade, por falta do que fazer, por falta escolarização. Quem desses seis governadoriáveis será o vencedor dessa luta? Terá o vencedor, entre eles, peito para construir e equipar escolas estaduais e acabar com a violência que muito vem assustando os goianos? Com a resposta, o povo...

Gilson Vasco
Enviado por Gilson Vasco em 12/09/2014
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