Considero o período de eleições uma guerra. "Em tempo de guerra, a primeira vítima é a verdade" (Boake Carter - jornalista norte-americano).
Aí no seu estado, Pernambuco, candidatos se elegeram com grande votação explorando o tema "precatórios", fazendo desse termo uma denotação pejorativa. Os muitos eleitores não entendidos consideravam-no (consideram ainda) sinônimo de "roubalheira", "falcatrua" . . . Arraes foi a grande vítima.
Agora estamos ouvindo o termo "recessão", que os economistas-políticos apontam como um grande fosso em que o País entrou (comparando esse pequeno recuo na economia com a grande recessão dos EEUU, em 1929).
Ora, meu caro, sabemos que, desde 2008, o mundo globalizado entrou em recessão técnica: EEUU, Japão, toda a Europa e a própria China. Para adiar o respingo dessa recessão globalizada, tivemos que reduzir o IPI sobre o valor dos automóveis e eletrodomésticos, a fim de garantir a produção e evitar o desemprego e a inflação. Sustentamos o guarda-chuva aberto durante seis anos consecutivos - e a chuva recessiva dos outros países pouco nos afetou. Isso não apareceu nos debates porque, para os candidatos e até mesmo para a mídia, é importante que o povo não raciocine. Importa, agora, explorar a queda momentânea (e esperada) do PIB e apontar para as massas um inevitável mergulho no abismo, como se não dispuséssemos de recursos suficientes para uma reação, embora lenta, ou melhor, cautelosa.
Aos leigos em economia é bastante que se contenha a inflação e o nível de emprego se mantenha no mínimo estável. Aos políticos e à mídia paga, importa esconder essa verdade e encontrar um tema para ganhar as eleições. Pouca gente sabe o que significa, mas o tema já está nas ruas: "recessão".
Sabemos, também, como se manobra, e muito bem, a ignorância das massas - e temos exemplos de como essas manobras dão certo em nosso País.
> Jânio Quadros ganhou as eleições empunhando uma "vassoura" para varrer os corruptos.
> Fernando Collor ganhou as eleições garantindo acabar com os "marajás".
> O tema "aborto" quase aborta a eleição de Dilma em 2010... Até a Igreja se intrometeu nessa campanha.
É exatamente assim, meu caro, que ainda se faz política em nosso País. Depois, tudo volta ao normal, com novelas, futebol e carnaval.
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Aí no seu estado, Pernambuco, candidatos se elegeram com grande votação explorando o tema "precatórios", fazendo desse termo uma denotação pejorativa. Os muitos eleitores não entendidos consideravam-no (consideram ainda) sinônimo de "roubalheira", "falcatrua" . . . Arraes foi a grande vítima.
Agora estamos ouvindo o termo "recessão", que os economistas-políticos apontam como um grande fosso em que o País entrou (comparando esse pequeno recuo na economia com a grande recessão dos EEUU, em 1929).
Ora, meu caro, sabemos que, desde 2008, o mundo globalizado entrou em recessão técnica: EEUU, Japão, toda a Europa e a própria China. Para adiar o respingo dessa recessão globalizada, tivemos que reduzir o IPI sobre o valor dos automóveis e eletrodomésticos, a fim de garantir a produção e evitar o desemprego e a inflação. Sustentamos o guarda-chuva aberto durante seis anos consecutivos - e a chuva recessiva dos outros países pouco nos afetou. Isso não apareceu nos debates porque, para os candidatos e até mesmo para a mídia, é importante que o povo não raciocine. Importa, agora, explorar a queda momentânea (e esperada) do PIB e apontar para as massas um inevitável mergulho no abismo, como se não dispuséssemos de recursos suficientes para uma reação, embora lenta, ou melhor, cautelosa.
Aos leigos em economia é bastante que se contenha a inflação e o nível de emprego se mantenha no mínimo estável. Aos políticos e à mídia paga, importa esconder essa verdade e encontrar um tema para ganhar as eleições. Pouca gente sabe o que significa, mas o tema já está nas ruas: "recessão".
Sabemos, também, como se manobra, e muito bem, a ignorância das massas - e temos exemplos de como essas manobras dão certo em nosso País.
> Jânio Quadros ganhou as eleições empunhando uma "vassoura" para varrer os corruptos.
> Fernando Collor ganhou as eleições garantindo acabar com os "marajás".
> O tema "aborto" quase aborta a eleição de Dilma em 2010... Até a Igreja se intrometeu nessa campanha.
É exatamente assim, meu caro, que ainda se faz política em nosso País. Depois, tudo volta ao normal, com novelas, futebol e carnaval.
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