Palanque
Dizem que “a melhor defesa é o ataque” e que “a propaganda é a alma do negócio”. Claro que em diversas situações isso prevalece. Mas como diria o saudoso comediante Francisco Milani, “há controvérsias”.
Não pretendemos fazer a defesa de qualquer dos candidatos à presidência da República. Até porque nos sentiríamos mesmo à vontade para votar em quem quer que fosse após a adoção do voto facultativo. Embora saibamos que vamos ficar esperando por isso por todo o tempo e mais alguma coisa.
Mas achamos interessante o elenco de recomendações para que não votemos na Marina, provenientes dos partidários da Dilma, agora que a primeira vem alcançando melhores índices nas pesquisas com a morte do candidato Eduardo Campos, de quem era vice. Provavelmente maior que as recomendações dos partidários da Marina para que não votemos na Dilma – o que, além de desinteressante, também não deveria prevalecer.
Simplesmente porque se as duas reúnem competência e as melhores condições para governarem o país, segundo os que nelas acreditam e apostam, o perfil, o currículo e todo o elenco de atos públicos que já perpetraram e de que participaram deveriam se constituir em atributos suficientes para recomendá-las. Não sendo necessário que se procurasse por pontos falhos ou até mesmo – o que pode ocorrer – pelos que denegrissem a imagem do opositor, objetivando ressaltar o candidato que julgamos o melhor.
Como se faz com a propaganda, em que realçamos as condições de superioridade do nosso produto em relação ao concorrente. Ou a política é também um negócio? (Reconhecemos que a pergunta pode ser considerada infantil.)
Rio, 01/09/2014