MUDANDO A MUDANÇA

A MUDANÇA...

O que muda na mudança, se tudo em volta é uma dança no trajeto da esperança, junto ao que nunca se alcança?

Estas palavras não são minhas, são de Carlos Drummond de Andrade, que eu tomo emprestada para referir-me aos propagandistas políticos do Brasil.

No horário da propagando enganosa eleitoral política, todos se apresentam como representantes da "mudança".

Ao que eu pergunto: Mudança em relação a quê? O pais tem mais de 30 partidos, quase todos socialistas e com os mesmos discursos e promessas de "Mudanças"...

Até o partido do Governo fala em mudança... Quando se pergunta, a resposta é a mesma para todos; todos os candidatos pensam igual. Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando; assim diz o poeta...

Em nossa política, só a retórica muda, certamente. Todos buscam mudar nesta ocasião o seu discurso e suas promessas eleitoreiras. Cada discurso mais "perolado" que o outro. Pura falácia hedionda...

O dom da fala, disse Santo Agostinho, foi concedido aos homens não para que eles enganassem uns aos outros, mas sim para que expressassem seus pensamentos uns aos outros.

Na política é diferente; sobretudo com o político brasileiro, que é gentil nas palavras mas hostil na conduta. Não há equívoco maior do que confundir políticos educados com honestos e éticos...

A mudança está vinculado à revolução do pensamento. Não é a privação que produz a mudança, mas a esperança... O que queremos, hoje, é mudar a mudança. O povo organizado, dispõem de “poder” para mudar essa falsa proposta de mudança. O povo tem a força e o direito de acabar com a oligarquia ditatorial e dizer não a esse discurso tipo "chinchê" repetitivo sem eficácia.

O político superior que abandona a virtude e a ética, não pode fazer jus a esse nome, muito menos nos chamar para a sua luta. O chamado só é grandioso quando o "chamador" tem espírito criativo e grandeza para fazer mudanças que melhorem a vida do povo.

No passado, votamos numa promessa de mudança que não mudou... Não se volta de bom grado a um lugar onde foi maltratado. Ninguém acredita em um mentiroso, mesmo quando ele diz a verdade. Estamos dormindo no meio dos lobos; sejamos, então, espertos como as serpentes, inofensivos como os pombos e de olhos bem aberto para os falsos cordeiros. Precisamos desconstruir essa mudança que nada muda e durarmos a nossa maneira de pensar com relação os políticos brasileiros.

Chega !!!!

Manoel Rocha Lobo
Enviado por Manoel Rocha Lobo em 25/08/2014
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