De Olho no Fiscal
Hoje em dia, a corrupção é tão grande, que o fiscal também precisa ser fiscalizado. Não se confia mais em ninguém. Recebe-se a atribuição para fiscalizar algo errado e já indica outro para ficar de olho na honestidade do fiscal. Isto porque se nomeia a raposa para cuidar do poleiro das galinhas. Teria que dar nisso mesmo. Imagine quando o assunto está na seara dos políticos.
Já vi uma frase de um renomado político, hoje candidato a um alto cargo da República. “Na política não há espaço vazio, se os bons não ocupam, os maus comandam”. E o que vemos nas pessoas de bem é uma ojeriza à política. Então, como vai resolver esse problema?
Alguém tem que se encorajar a tomar a rédea do cavalo ao invés de ficar lhe atirando pedras, fazendo-o desembestá-lo. É preciso que haja uma consciência política, entendendo que, querendo ou não, somos governados por políticos. Então, que saibamos escolher, a partir da base até a cúpula do poder.
Por que votar naquele, em cuja campanha eleitoral gasta-se mais do que vai ganhar em todo o seu mandato?
Não está aí bem explicado o que vai fazer quando chegar lá?
Aqui, na nossa pequena e pobre Alagoas, está mais claro do que água cristalina, que há candidatos gastando muitas vezes mais do que receberão dignamente em todo seu período de mandato. Assim, pode-se deduzir que seu propósito é receber, “indignamente”, a sua compensação. Infelizmente ainda falta independência do eleitor para votar naquele que gasta menos e tem melhores propostas.
Também, nas minhas andanças pelo interior, já ouvi dizer: “O melhor candidato é fulano de tal, mas não ganha”.
Ora, se o melhor é o fulano de tal, por que não votar nele?
Ainda vivemos a época do “voto de cabresto”.
E assim continua imperando a frase do filósofo francês: “cada povo tem o governo que merece”.