Israel e Palestina: uma triste tragédia humana
A verdade é uma só: entre os historiadores, o conflito Israelo-Palestino é resultante de um longo processo histórico, que envolve disputa territorial e tem início no século 19.
São muitos os confrontos. Num dos últimos, morreram quase 2 mil palestinos e mais de 9 mil estão feridos. De outro lado, apenas 64 soldados israelenses morreram.
Na verdade, o que ocorre no Oriente Médio é um genocídio, que é o extermínio deliberado de um grupo humano sem chegar aos assassinatos em massa.
Por quê? Porque Israel é um aliado de peso dos EUA na região. Em troca, os estadunidenses são o seu maior fornecedor de armas e tecnologia. É por isso que os israelenses massacram, impiedosamente, os palestinos na Faixa de Gaza. A luta é muito desigual.
O jornalista Ricardo Melo tem razão ao dizer que não existe uma solução pacífica para a crise no Oriente Médio, que não inclua o fim do Estado de Israel. Aliás, compartilhamos dessa opinião, ou seja, o único meio para superar o conflito é acabar com o Estado de Israel.
Mais, como diz Melo é preciso refazer um rearranjo e dividir igualmente os territórios entre os dois povos. De outro lado, ninguém nega que é imoral e inaceitável o apoio militar que confere aos israelenses uma ampla vantagem no conflito. Vergonhosamente, as Nações Unidas se calam, os EUA e o resto do mundo lavam as mãos.
UM POUCO DESSA HISTÓRIA SANGUINÁRIA
Vale lembrar que a fundação de Israel se deu após a Segunda Guerra (1939-45). A ONU dividiu a Palestina em dois Estados: um judeu e um palestino. Israel foi beneficiado com boas terras e um território maior que o palestino.
A região compreende a Faixa de Gaza e Cisjordânia. Mahmoud Abbas é o chefe da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Antes dele, Yasser Yarafat foi o líder da ANP.
Mais, a Palestina é o berço de três da mais importantes religiões do mundo: cristianismo, islamismo e judaísmo.
No século 20, nos anos de 1967, Israel amplia o seu território ao derrotar a Liga Árabe, formada por palestinos, egípcios, árabes, sírios e líbios. Inconformados com a perda de Cisjordânia e Faixa de Gaza, os palestinos rebelam-se e passam a lutar com pedaços de paus e pedras. É a chamada intifada.
Finalmente, o alvo das disputas entre palestinos e israelenses se dá em torno dos territórios da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e das cidades sagradas (Jerusalém).
Para pressionar a saída dos invasores israelenses de suas terras, o grupo Hamas (movimento de resistência islâmica) se utiliza do terrorismo. O grupo defende a criação de um Estado árabe independente. Outro grupo importante é o Fatah, que é menos radical.
MARQUE UM X NAS QUESTÕES ABAIXO
1. O atual conflito entre o Estado de Israel e a Autoridade Palestina é fruto de um longo processo histórico de disputa territorial. Sobre essa questão, é correto afirmar:
I- A região da Cisjordânia é uma das principais áreas do conflito, pois lá se encontra a cidade de Jerusalém, uma das áreas disputadas.
II- O Hamas e o Hezbolah são aliados, respectivamente, dos palestinos e dos israelenses.
III- Em 1967, Israel ocupou os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
IV- O sul do Líbano foi envolvido na questão e Israel atualmente ocupa este país.
Estão corretas:
a) todas as afirmativas.
b) apenas as afirmativas I, II e III.
c) apenas as afirmativas I, III e IV.
d) apenas as afirmativas I e III.
e) apenas as afirmativas I e IV.
2. “Os Estados Árabes se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente próximo (...).” FRIEDMANN, Georges. Fim do povo judeu? São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 243.
Iniciado em 1848, o conflito palestino-israelense constituiu, no Oriente Médio, o que se convencionou chamar de Questão Palestina, que está longe de ser resolvida, ainda hoje, e pode ser relacionada à
a) exigência, pelos países do Oriente Médio, de cumprimento do Plano da ONU de Partição da Palestina, que criava o Estado Palestino no final da Segunda Guerra Mundial.
b) incapacidade dos países vencedores da Segunda Guerra de garantir a paz no Ocidente nos anos posteriores ao conflito, provocando uma fuga em massa de judeus para a Palestina.
c) construção de um padrão de instabilidade nas relações internacionais pelo recém-criado Estado de Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU.
d) recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, que submeteu a maior parte do território ao controle do recém-criado Estado de Israel, sem que se respeitasse a soberania dos povos desta região.
e) extinção oficial do mandato britânico sobre a Palestina, no final da Segunda Guerra, com reconhecimento imediato pelos países vencedores da independência de todos os países do Oriente Médio.
3. Conhecida por está em constante guerra, a Faixa de Gaza é um território historicamente disputado entre:
a) Iraniano e Egípcios
b) Iraniano e Paquistanês
c) Israelenses e Palestinos
d) Rússios e Iraniano
e) Paquistanês e Rússios
4. Localizada na Palestina, entre Israel e o Egito e fica na beira do mar mediterrâneo:
a) Faixa de Gaza
b) Paquistão
c) Irã
d) Iraque
e) Jordânia
5. (Adaptada) Ao longo da segunda metade do século XX, sobretudo a partir da criação do Estado de Israel, a humanidade passou a conviver com um permanente estado de tensão envolvendo árabes e israelenses. A respeito desse tema, assinale o que for correto.
a) Fatah e Hamas são organizações palestinas que – apesar de diferirem na forma de ação – defendem a libertação do controle de Israel e a criação de um Estado árabe independente.
b) Intifada é um termo árabe que pode ser traduzido como "política da paz". Defendida por setores da população palestina, a intifada se caracteriza pela tentativa de estabelecimento do diálogo entre árabes e judeus.
c) Yasser Arafat destaca-se como um dos principais líderes árabes do século XX. Líder da Organização para a Libertação da Palestina, ele teve importante papel na disseminação da causa palestina.
d) Exceção na disputa pelo controle político e territorial entre os povos, a Faixa de Gaza é um espaço no qual convivem, harmonicamente, palestinos e israelenses.
e) Morto recentemente, Muamar Kadafi, líder da Líbia, ficou conhecido como um dos principais opositores da Organização para a Libertação da Palestina e como um defensor da política israelense para a região de conflito.
6. (Adaptada) A disputa que se trava no Oriente Médio entre Israel e Líbano e um confronto geopolítico que há mais de meio século perdura na definição das fronteiras entre os Estados envolvidos. Em 28 de junho de 2006, o exército israelense atacou a Faixa de Gaza e prendeu vários ministros da Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia, sob a alegação de resgatar um soldado sequestrado por extremistas palestinos. Na verdade, o convívio entre israelenses e palestinos tem raízes históricas, em que pesam elementos definidores do espaço, tais como estado, nação, fronteiras e territórios.
Com base em seus conhecimentos e nas informações acima sobre Israel e os Territórios Palestinos, é correto afirmar que
a) a independência de Israel permitiu que os judeus fossem retirados do território que ocupavam e formassem um estado na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, motivando protesto por parte dos árabes.
b) a ONU aprovou, em 1947, a divisão da Palestina, então administrada pelos britânicos, em um estado árabe e outro judeu, possibilitando a criação de Israel, em 1948.
c) os palestinos ficaram sem território e passaram a viver em acampamentos, apesar de receberem apoio político externo, sobretudo dos EUA.
d) a Organização para Libertação da Palestina (OLP) foi fundada, em 1964, com o objetivo de obter a soberania dos palestinos sobre a região, ainda que permanecessem sob o domínio de Israel.
e) a Autoridade Nacional Palestina (ANP) foi criada em 1993, pelo Acordo de Oslo. Além disso, estava prevista a devolução dos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia para controle libanês.
7. ATENTE PARA O TEXTO QUE SE SEGUE
Separados por 60 quilômetros, uma assistente social israelense e um dono de bar árabe vivem em universos antagônicos na Cisjordânia. Ela faz parte dos 350 mil judeus que ocupam ilegalmente o território destinado a um futuro Estado palestino, segundo a ONU. Ele está no grupo de 779 mil refugiados em crise humanitária desde que foram expulsos de cidades que hoje são parte de Israel. (O Estado de S. Paulo, 30/1/2011.)
Assim, mediante os conhecimentos sobre a questão palestina, e possível afirmar que
a) a solução da questão palestina não passa pelo problemas dos refugiados palestinos.
b) o Estado Palestino pode perfeitamente ser constituído, pois as colônias israelenses se encontram fora dos territórios desejados para a criação do pais.
c) a demora na criação do Estado da Palestina se dá em função do desejo de os judeus residentes nos EUA impedirem a formação do pais.
d) para o surgimento da Palestina e preciso que seja solucionada a questão dos refugiados, bem como das colônias judaicas nos territórios ocupados.
e) a criação da Palestina e dificultada pelos europeus, que acreditam que esse novo Estado ameace os transportes através do Canal de Suez.
8.