Lula

Lula é um sobrevivente e, como tal, desenvolveu as características próprias daqueles que os são. Ainda no berço, já disputam com a prole a miséria do pouco que não basta. Crescem no ambiente hostil do “eu primeiro”. Espertalhão, manipulador, arguto, furtivo e capaz de cheirar armadilhas ao longe, é um oportunista nato e não se importa que pelos caminhos fiquem alguns cadáveres insepultos. Abomina aquilo que não compreende e cria mecanismos para embaçar as marcantes deficiências. A megalomania, a vaidade exacerbada e patológica exige que seja incensado como o pão nosso de cada dia. Um cordão de áulicos é adereço permanente; a bajulação o conduz ao delírio. Crê, piamente, que se não é o Padre Eterno é seu filho predileto. Entre seus devaneios criou o céu e a terra; sob sua vontade fez-se a luz; desenvolveu a teoria da relatividade; descobriu o Brasil, proclamou a Independência e a República. Fez-se líder no ambiente do sindicalismo pelego. Rude, ignorante e grosseiro seus diálogos não resistem ao manto do falso verniz e são recheados de termos chulos e comuns ao clero sindical. Enxergou no PT seu escudo e a licenciatura para a corrupção. Arquitetado pelos seus comandados de plantão que anteviam no poder de Lula os próprios poderes, cuidou-se de conduzi-lo ao altar. Mais uma vez, a criatura venceu seu criador. Eleito soberano prevaleceu a ambição do “eu primeiro”. Alguns de seus criadores, desiludidos, ficaram pelo caminho da discordância; outros estão acomodados no sistema prisional. Ensaiou o “volta Lula” como retorno apoteótico do salvador da pátria, porém seus instintos primitivos de sobrevivente levaram-no a perceber sua própria armadilha. A tempestade perfeita forma-se no horizonte com a economia em frangalhos. Desabam as atividades econômicas; a desindustrialização do país é latente; a inflação resiste às poções mágicas e milagrosas. Atônita e perdida em seus descaminhos, a equipe econômica promete trazer a pessoa amada em 24 horas. Resta-lhe canibalizar sua criatura e sucessora pavimentando o terreno para seu retorno triunfal em 2018 como Inácio, o Magnífico. Atribui-se a Lorde Acton: “O poder corrompe; o poder absoluto corrompe absolutamente”. Eis o Santo Graal do PT.

bellozi
Enviado por bellozi em 30/07/2014
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