A política externa brasileira é um fiasco, ela afunda junto com o MERCOSUL e seus países extremamente complicados. Esse negócio de fazer política externa ideológica nem a União Soviética no tempo de Stálin fez. O que foi o pacto Ribentropp-Molotov senão um acordo pragmático na linha da "realpolitik" onde a política externa se baseava em leituras menos ideológicas da realidade e mais na realidade política. Se Stálin fosse um ingênuo ideológico e não fizesse o pacto com os alemães, adiando deste modo, a invasão da URSS por alguns anos e com isto se preparar para o inevitável, a invasão da URRS pela Alemanha nazista. Naquele momento se Stálin seguisse outra orientação que não fosse baseada na "realpolitik" talvez o curso da guerra fosse outro, e com esse acordo, ganhou tempo, transferiu sua indústria para além dos Urais, organizou seus exércitos e se preparou para o inevitável. Recentemente a China também um estado com orientação marxista e ideológico, não segue parâmetros ideológicos em sua política externa, é um dos países mais pragmáticos do mundo, se pensassem como as cabeças que pensam a política externa do PT, só fariam acordos comerciais e políticos com o Vietnã, com a Rússia, Cuba, Coreia do Norte, etc. Mas a China pode ser tudo menos ingênua. Ideologias, ideologias, negócios a parte. Os Chineses são pragmáticos e esse pragmatismo está ligado a uma estratégia não de hegemonia ideológica, ou coisa que o valha, mas de garantir mercados para os seus produtos e fontes de matérias-primas necessárias ao seu desenvolvimento. São um pais que se mete pouco em questões externas, os Chineses não querem se meter em querelas internacionais, se metem é porque são levados, mas conduzem sua política externa com discrição e sem estardalhaço. Querem se desenvolver e criar as condições para garantir o desenvolvimento e já sacaram que o mercado é que garante isto. Bom, a política externa brasileira é tão miúda que se restringe a alianças com o MERCOSUL, que afunda a olhos vistos, uma aliança velada com Cuba, Venezuela,... e sua inserção nos BRICS s, coisa que nem China e nem Rússia acreditam muito. Essa história de que o Brasil liderará uma terceira via, uma alternativa ao capitalismo americano e europeu isto nem a China acredita, parece ser coisa saída da musica ufanista de achar que somos o diferencial do mundo, de que somos "diferentes" de todos os outros países, etc.etc. diferentes em que em nada, somos é piores, temos várias Cubas aqui dentro, várias republiquetas das bananas aqui dentro, vários Gabões aqui dentro, o que é o maranhão senão nossa África? Enfim o que teríamos que fazer é o que a China faz com descrição resolver nossos problemas internos e no plano externo fazer os acordos comerciais e políticos com nos tragam benefícios e não malefícios em longo prazo. Nossos vizinhos merecem nosso respeito e estima, mas eles não demonstram o mesmo com O Brasil, idem o caso do aumento do preço do gás fornecido ao Brasil a Bolívia, as quebras de acordos comerciais feitos pela Argentina, o fato de Chávez não ter cumprido o acordo com o Brasil a respeito da refinaria Abreu e Lima e o fato de Cuba está negociando com os EUA a refinaria construída a fundo perdido pela Petrobrás. Nossos vizinhos não são tão leais conosco como acreditam os artífices da política externa do Brasil, e o que é pior em nome dessa política externa "miúda" o Brasil acaba por transgredir questões morais e éticas quando deixa de criticar violações aos direitos humanos ocorridos em países "simpáticos" ao Brasil como Irã e Gabão. Enquanto isto nossa economia definha e nossa participação comercial no mundo só decresce, continuamos atrelados à velha política que vem desde a colônia de exportar produtos agrícolas e ter pouca participação na exportação de manufaturados. Dependemos de comodites e de sua flutuação no mercado internacional. Nossa política externa no "engessa" e nos deixa na mão de países como a Argentina que sofre uma crise de credibilidade e Venezuela que degenera para uma ditadura caudilhista, enquanto isto o México faz acordos comerciais com Colômbia e Chile e Peru. Os EUA pensam em criar uma área de livre comércio com a Europa. O Brasil teima em fazer uma política externa ideológica que nada tem beneficiado ao país, muito pelo contrário, tem trazido prejuízo econômicos, políticos e comerciais.