COMO FAZER TEXTOS E DISCURSOS PARA ENGANAR A TODOS - Páginas de Ouro dos Políticos
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Como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em todas as comunicações oficiais, acusa o [MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – 2ª Ed. Revista e atualizada – Brasília, 2002].
Transcrevo a seguir um pitoresco quadro, constante de obra de Adriano da Gama Kury 1; a partir do qual podem ser feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas em qualquer ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem sentido! (ou seja apenas atinge o objetivo do “estelionatário parlamentar”. Como exemplo, uma das palavras que “eles” mais gostam de falar é por exemplo: “estamos viabilizando” a construção de 3.000 casas para o povo! O povo fica eufórico.
Jogam dentro deste discurso "politiquês". Um analfabeto funcional de boa memória, (o papagaio deveria ser um exelente parlamentar) de tanto ouvir aprende esse embróglio e passa a ganhar até cem mil reais por palestras - como de fato acontece com um ex- mandatário do mais alto gráu do país.
O que é viabilizar nesse contexto? É se, ganharem a eleição, ajustarem-se em coligações, pleitearem os postos de maior poder para si e seus apaniguados, verificar as possibilidades de praticar os desvios e de onde virá, retribuir os apoios e financiamentos de campanha, ajustar as empreiteiras, fixar a porcentagem se 20% ou 30% de cada projeto seu que seja aprovado - infalivelmente havendo empreiteiras envolvidas, ou indústrias e empresas das grandes com alguma pendência, legal, falta extrutural de equipamentos exigíveis, etc.
No caso do exemplo das casas ao povo, esta explanação é uma milésima parte da TAL VIABILIZAÇÃO, (já ocorreu em minha cidade por duas gestões) para construção das casas. Acontece, que o mandato terminou, e, outra eleição chegou. Os políticos em questão, sairão à cata de votos novamente do povo, dizendo que a oposição barrou seu projeto, já VIABILIZADO, e que vão precisar de mais um mandato para entregar o prometido. O POVO ACREDITA E VOTA NELES. Com as empreiteiras, financeiras, assessorias, bancos, doleiros, traficantes, está tudo ok. Tudo pago com juros e correções monetárias, e prontos a financiarem os mesmos políticos outra vez, e os novos que entrarem no esquema. SIMPLES ASSIM!
Vem então o governo federal, elaborar um Manual de Redação e Comunicação Oficial em nosso idioma; demagogicamente proibindo que os políticos e escalão governamental usem as frases construídas com fórmulas prontas, de acordo com o que se verá abaixo:
O quadro tem aqui a função de sublinhar a maneira de como não se deve se escrever (segundo o Manual); mas quem proibe o quê, para quem é facultado elaborar as leis!? Não só escrevem como falam... E legislam em causa própria!
E acrescento: [NEM FALAR, MUITO MENOS OS POLÍTICOS DISCURSAREM]
1 KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever melhor o português. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. p.18 - 19.
O quadro consta da obra de Cesare Marchi - "Impariamo Italiano" “Aprendamos o Italiano” Milão, Rizzoli Ed., 1984,
Elaborado por dois professores universitários italianos no estudo: “Prontuário de frases para todos os usos para preencher o vazio de nada”.
Como não se deve escrever
(NEM FALAR, MUITO MENOS DISCURSAR. GRIFOS DO AUTOR)
Como foi dito, pode-se cruzar o termo de cada coluna com o de outra e assim por diante, farão um discurso pomposo, interminável, que não leva a nada e nem diz nada, mas ao povo seu candidato é extremamente comunicativo e inteligente, merecedor de seu voto. Sugestão iniciem com a Coluna A número um, e montem seu "FAMOSO E LENDÁRIO DISCURSO”, E...FELIZ PERCURSO AO VAZIO DO NADA!
COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D COLUNA E COLUNA F COLUNA G - De 1 a 7 pode-se cruzar como quizer, terá mais de 4 mil discursos diferentes, mas que não levam a lugar nenhum, a não ser ao ESTELIONATO ELEITOREIRO. (todas se iniciam em A1, B1,C1,D1,E1,F1,G1 - MUDA-SE PARA: o 2, o 3, o 4, o 5, o 6 e o 7. e se cruzam à vontade, como "cortar" cartas de baralho.
____________________________________________
A-1. A necessidade emergente
B-1. se caracteriza por
C-1. uma correta relação entre estrutura e superestrutura
D-1. no interesse primário da população,
E-1. substanciando e vitalizando,
F-1. numa ótica preventiva e não mais curativa,
G-1. a transparência de cada ato decisional.
___________________________________________
A-2. O quadro normativo
B-2. prefigura
C-2. a superação de cada obstáculo e/ou resistência passiva
D-2. sem prejudicar o atual nível das contribuições,
E-2. não assumindo nunca como implícito,
F-2. no contexto de um sistema integrado,
G-2. um indispensável salto de qualidade.
__________________________________________
A-3. O critério metodológico
B-3. reconduz a sínteses
C-3. a pontual correspondência entre objetivos e recursos
D-3. com critérios não-dirigísticos,
E-3. potenciando e incrementando,
F-3. na medida em que isso seja factível,
G-3. o aplanamento de discrepâncias e discrasias existentes.
___________________________________________
A-4. O modelo de desenvolvimento
B-4. incrementa o redirecionamento das linhas de tendências em ato
C-4. para além das contradições e dificuldades iniciais,
D-4. evidenciando e explicitando
E-4. em termos de eficácia e eficiência,
F-4. a adoção de uma metodologia diferenciada.
___________________________________________
A-5. O novo tema social
B-5. propicia
C-5. o incorporamento das funções e a descentralização decisional
D-5. numa visão orgânica e não totalizante,
E-5. ativando e implementando,
F-5. a cavaleiro da situação contingente, G-5.a redefinição de uma nova figura profissional.
___________________________________________
A-6. O método participativo
B-6. propõe-se a
C-6. o reconhecimento da demanda não satisfeita
D-6. mediante mecanismos da participação,
E-6. não omitindo ou calando, mas antes particularizando,
F-6. com as devidas e imprescindíveis enfatizações,
G-6. o co-envolvimento ativo de operadores e utentes.
___________________________________________
A-7. A utilização potencial
B-7. privilegia
C-7.uma coligação orgânica interdisciplinar para uma práxis de trabalho de
grupo,
D-7. segundo um módulo de interdependência horizontal,
E-7. recuperando, ou antes revalorizando,
F-7. como sua premissa indispensável e condicionante,
G-7. uma congruente flexibilidade das estruturas.
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Como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em todas as comunicações oficiais, acusa o [MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – 2ª Ed. Revista e atualizada – Brasília, 2002].
Transcrevo a seguir um pitoresco quadro, constante de obra de Adriano da Gama Kury 1; a partir do qual podem ser feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas em qualquer ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem sentido! (ou seja apenas atinge o objetivo do “estelionatário parlamentar”. Como exemplo, uma das palavras que “eles” mais gostam de falar é por exemplo: “estamos viabilizando” a construção de 3.000 casas para o povo! O povo fica eufórico.
Jogam dentro deste discurso "politiquês". Um analfabeto funcional de boa memória, (o papagaio deveria ser um exelente parlamentar) de tanto ouvir aprende esse embróglio e passa a ganhar até cem mil reais por palestras - como de fato acontece com um ex- mandatário do mais alto gráu do país.
O que é viabilizar nesse contexto? É se, ganharem a eleição, ajustarem-se em coligações, pleitearem os postos de maior poder para si e seus apaniguados, verificar as possibilidades de praticar os desvios e de onde virá, retribuir os apoios e financiamentos de campanha, ajustar as empreiteiras, fixar a porcentagem se 20% ou 30% de cada projeto seu que seja aprovado - infalivelmente havendo empreiteiras envolvidas, ou indústrias e empresas das grandes com alguma pendência, legal, falta extrutural de equipamentos exigíveis, etc.
No caso do exemplo das casas ao povo, esta explanação é uma milésima parte da TAL VIABILIZAÇÃO, (já ocorreu em minha cidade por duas gestões) para construção das casas. Acontece, que o mandato terminou, e, outra eleição chegou. Os políticos em questão, sairão à cata de votos novamente do povo, dizendo que a oposição barrou seu projeto, já VIABILIZADO, e que vão precisar de mais um mandato para entregar o prometido. O POVO ACREDITA E VOTA NELES. Com as empreiteiras, financeiras, assessorias, bancos, doleiros, traficantes, está tudo ok. Tudo pago com juros e correções monetárias, e prontos a financiarem os mesmos políticos outra vez, e os novos que entrarem no esquema. SIMPLES ASSIM!
Vem então o governo federal, elaborar um Manual de Redação e Comunicação Oficial em nosso idioma; demagogicamente proibindo que os políticos e escalão governamental usem as frases construídas com fórmulas prontas, de acordo com o que se verá abaixo:
O quadro tem aqui a função de sublinhar a maneira de como não se deve se escrever (segundo o Manual); mas quem proibe o quê, para quem é facultado elaborar as leis!? Não só escrevem como falam... E legislam em causa própria!
E acrescento: [NEM FALAR, MUITO MENOS OS POLÍTICOS DISCURSAREM]
1 KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever melhor o português. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. p.18 - 19.
O quadro consta da obra de Cesare Marchi - "Impariamo Italiano" “Aprendamos o Italiano” Milão, Rizzoli Ed., 1984,
Elaborado por dois professores universitários italianos no estudo: “Prontuário de frases para todos os usos para preencher o vazio de nada”.
Como não se deve escrever
(NEM FALAR, MUITO MENOS DISCURSAR. GRIFOS DO AUTOR)
Como foi dito, pode-se cruzar o termo de cada coluna com o de outra e assim por diante, farão um discurso pomposo, interminável, que não leva a nada e nem diz nada, mas ao povo seu candidato é extremamente comunicativo e inteligente, merecedor de seu voto. Sugestão iniciem com a Coluna A número um, e montem seu "FAMOSO E LENDÁRIO DISCURSO”, E...FELIZ PERCURSO AO VAZIO DO NADA!
COLUNA A COLUNA B COLUNA C COLUNA D COLUNA E COLUNA F COLUNA G - De 1 a 7 pode-se cruzar como quizer, terá mais de 4 mil discursos diferentes, mas que não levam a lugar nenhum, a não ser ao ESTELIONATO ELEITOREIRO. (todas se iniciam em A1, B1,C1,D1,E1,F1,G1 - MUDA-SE PARA: o 2, o 3, o 4, o 5, o 6 e o 7. e se cruzam à vontade, como "cortar" cartas de baralho.
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A-1. A necessidade emergente
B-1. se caracteriza por
C-1. uma correta relação entre estrutura e superestrutura
D-1. no interesse primário da população,
E-1. substanciando e vitalizando,
F-1. numa ótica preventiva e não mais curativa,
G-1. a transparência de cada ato decisional.
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A-2. O quadro normativo
B-2. prefigura
C-2. a superação de cada obstáculo e/ou resistência passiva
D-2. sem prejudicar o atual nível das contribuições,
E-2. não assumindo nunca como implícito,
F-2. no contexto de um sistema integrado,
G-2. um indispensável salto de qualidade.
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A-3. O critério metodológico
B-3. reconduz a sínteses
C-3. a pontual correspondência entre objetivos e recursos
D-3. com critérios não-dirigísticos,
E-3. potenciando e incrementando,
F-3. na medida em que isso seja factível,
G-3. o aplanamento de discrepâncias e discrasias existentes.
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A-4. O modelo de desenvolvimento
B-4. incrementa o redirecionamento das linhas de tendências em ato
C-4. para além das contradições e dificuldades iniciais,
D-4. evidenciando e explicitando
E-4. em termos de eficácia e eficiência,
F-4. a adoção de uma metodologia diferenciada.
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A-5. O novo tema social
B-5. propicia
C-5. o incorporamento das funções e a descentralização decisional
D-5. numa visão orgânica e não totalizante,
E-5. ativando e implementando,
F-5. a cavaleiro da situação contingente, G-5.a redefinição de uma nova figura profissional.
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A-6. O método participativo
B-6. propõe-se a
C-6. o reconhecimento da demanda não satisfeita
D-6. mediante mecanismos da participação,
E-6. não omitindo ou calando, mas antes particularizando,
F-6. com as devidas e imprescindíveis enfatizações,
G-6. o co-envolvimento ativo de operadores e utentes.
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A-7. A utilização potencial
B-7. privilegia
C-7.uma coligação orgânica interdisciplinar para uma práxis de trabalho de
grupo,
D-7. segundo um módulo de interdependência horizontal,
E-7. recuperando, ou antes revalorizando,
F-7. como sua premissa indispensável e condicionante,
G-7. uma congruente flexibilidade das estruturas.
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