Alegria roubada

Quem diria que a zona leste de são Paulo (Itaquera) sairia dos noticiários e paginas policiais dos jornais e seria noticiada ao mundo via as mídias existentes como sede de abertura de um dos maiores ou maior evento, a copa do mundo.

Ficaria orgulhosa, se não fossem vidas perdidas, famílias sem um ponto de partida e toda a roubalheira, que cá pra nós, sabemos que de 100% do valor previsto para as obras, somente 1/3 foi investido.

Embora não acompanhar com a frequência de antes, gosto de futebol. Já parei muito em frente a tela pra assistir aos jogos do Palestra. Sei como são divertidas as brincadeiras, tiração de sarro quando o time oponente perde. Como artista, fico encantada com os dribles, técnica e talento desses meninos no tapete verde. Apoio tudo o que desvia, induz o olhar de uma pessoa a criminalidade e tendo comigo o futebol como arte, incentivo. Tudo esta mudado, isso é um fato. Há um fomento no Brasil, não previsto. Algo diferente esta acontecendo. O brasileiro anda mais politizado. A classe C e D não estão apenas emergindo em poder aquisitivo para adquirir bens, mas se dando conta de como a máquina funciona e daí fica difícil contornar erros e blá, blá, blás vindos de quem tem responsabilidade social em nos atender, eles, nossos queridos candidatos eleitos.

Como disse gosto de futebol, queria muito nesta data de abertura desse evento esportivo mundial, torcer para a seleção canarinho sem culpa, sem me sentir cúmplice da exploração de maus administradores e ladrões.

Torço pelo Brasil, pois onde já se viu não desejar o bem da casa onde vive. Meu lamento é de não escancarar com euforia a alegria no momento do gol, cantando um trecho de uma canção que acho bem bacana “é gol! Que felicidade. É gol! O meu time é a alegria da cidade”, pois essa alegria me foi roubada. (mente sã, graças a um bando de patetas).

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 12/06/2014
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