GREVE DE SÃO LEOPOLDO
Coragem, isso mesmo senhores e senhoras essa é a palavra para descrever o movimento grevista nesta que a décadas tem sido uma terra esquecida pelas verdadeiras leis deste país. Uma cidade que embora não pareça ainda é comandada pelos coronéis. Os senhores do poder, da política, São Leopoldo é uma cidade propicia para pequenas empresas virem e se instalarem, sugarem o dinheiro Público, lesarem trabalhadores e fecharem as suas portas dando um lucro quase imediato para os ladrões do colarinho branco. São Leopoldo é um lugar propício para indivíduos mal intencionados fazerem o que quiserem, desde manter o “vagabundo” que risca o seu carro nas ruas do centro e ainda pedir desculpas para ele, como implorar para ser atendido até mesmo nos lugares onde são chamados de “clinicas pagas”.
Me recuso a bater na tecla da saúde desta cidade, me recuso a bater na tecla da segurança desta cidade como me recuso a “bater no partido “X” ou partido ‘Y” por que no fundo no fundo são uma grande família, dormem na mesma cama senão como marido e mulher como amantes. Comem da mesma comida servida por nós idiotas da sociedade leopoldense. Aqui parece não existir ministério Público, Ministério do Trabalho e demais órgãos, que possam socorrer, isso mesmo socorrer o cidadão leigo ou o cidadão desprovido de inteligência ou senso de responsabilidade. São Leopoldo é uma terra de ninguém onde bravos indivíduos (um pouco em cada categoria, instituição) já perderam seus escudos e estão com um pedaço de pau na mão em um campo de batalha enfrentando os senhores do poder que tem em suas fileiras os sindicatos, a mídia e demais grupos que são pagos por nós para nos defenderem e que no entanto fazem “vista grossa” e só estendem suas mãos para nos oferecerem “acordinhos” onde já de saída perdemos um pouco do quase nada que nos resta.
A greve do funcionalismo público de São Leopoldo expõe a fragilidade do sistema e o nível profundo da divisão dentro das categorias e instituições por conta do partidarismo. Essa greve deixou de ser simplesmente por interesses de “direitos” e passou a ser por demonstração de força política, e o cidadão que está no meio de uma guerra que não entende vai ser o maior prejudicado. Uma mãe veio me perguntar se realmente um professor ganha pouco, eu sei pensar falei para essa “mãe” que professores não recebiam salários e sim “esmola” não devia ter dito isso por que a pergunta seguinte desta mesma mãe foi no sentido de tentar entender por que a categoria estava dividida.
Bom senhoras e senhores “coragem” é a palavra que uso para descrever tanto os que estão na greve como para os que não estão na greve, por que independente dos motivos desta greve (que não é por direitos) vai ser um divisor de águas dentro deste “Quintal” que se tornou São Leopoldo. E podem ter certeza que quando as coisas voltarem a ser “anormais” dentro de São Leopoldo iniciará uma verdadeira “caça as bruxas” , uma guerra silenciosa longe do saber da sociedade e não falada e nem escrita por nossa calorosa mídia Leopoldense .
Qualquer professor, qualquer indivíduo das repartições públicas sabem que aos perdedores restam as perseguições, não são incomuns professores pedindo transferências de suas escolas ou sendo transferidos “entre outras coisas mais” como indivíduos de repartições sendo colocados na “geladeira”.
Mas senhoras e senhores apesar de tudo , apesar de São Leopoldo a décadas conviver com a marginalidade política uma coisa eles jamais conseguirão tirar de nós leopoldenses nativos ou não é essa sensação maravilhosa de sermos palhaços de nós mesmos , semeadores de nosso próprio infortúnio, pois somos nós que a anos elegemos incompetentes ,para administrar a nossa cidade independente do partido que seja .