24/05/2014 09h13 - Atualizado em 24/05/2014 09h20
Deputado de MT com 107 ações na Justiça deixa prisão em Brasília
Deputado estadual José Geraldo Riva foi preso pela PF na última terça (20).
Prisão foi revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.
Do G1 MT
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Riva já responde a ações por crimes de corrupção.
(Foto: Maurício Barbant/ALMT)
O deputado estadual José Geraldo Riva, do PSD de Mato Grosso, deixou o Complexo da Papuda, em Brasília, após três dias de prisão. Ele foi preso no dia 20, em Cuiabá, durante a operação "Ararath", da Polícia Federal. A transferência para Brasília foi determinada pela Justiça para evitar que o parlamentar atrapalhasse as investigações. Riva já responde a 107 processos judiciais por crimes de peculato, improbidade administrativa e corrupção.(Foto: Maurício Barbant/ALMT)
Ao G1, a assessoria de imprensa do deputado confirmou que Riva voltou para Cuiabá no final da noite desta sexta-feira (23). O deputado ainda informou que vai se dedicar exclusivamente à família neste final de semana e só deve se pronunciar na próxima segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa.
A revogação da prisão foi determinada nesta sexta-feira pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o mesmo magistrado que decretou a prisão preventiva de Riva por conta das investigações da operação Ararath.
A operação da PF investiga crimes financeiros, de lavagem de dinheiro e contra a administração pública em Mato Grossoque chegou a movimentar cerca de R$ 500 milhões de maneira fraudulenta. Além de Riva, no último dia 20 a operação levou à prisão do ex-secretário de estado de Fazenda de Mato Grosso, Éder de Moraes Dias (PMDB), que permanece preso. O governador do estado, Silval Barbosa (PMDB), também chegou a ser preso devido a uma pistola com registro vencido encontrada em sua casa durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. Ele pagou R$ 100 mil de fiança e foi liberado no mesmo dia.
A defesa de Riva protocolou pedido de liberdade no mesmo dia da prisão. O alvará de soltura foi expedido ainda pela manhã, mas somente à noite a PF liberou o deputado, defendido por uma banca de pelo menos três advogados por conta das investigações da operação Ararath.
No esquema investigado pela PF, Riva e outros políticos de Mato Grosso teriam se beneficiado de um “banco clandestino” operado pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior.
O gabinete da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso chegou a ser alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pelos agentes federais na terça-feira devido aos indícios de participação de Riva no esquema. Isso apesar de o deputado nem mesmo ocupar mais o cargo de presidente da Casa: afastado do cargo, em vez de atuar como mais um parlamentar, ele continuou desfrutando das regalias do posto e do mesmo local de trabalho.