Pelos meus interesses
O fato é que somos egoístas. Essencialmente egoístas. O altruísmo vem em doses homeopáticas e, na maioria das vezes, regido pela conveniência. Falou em política então, tudo isso se acentua. Queremos ter um governo que atenda os nossos anseios. Ou melhor, o meu anseio. “Esse governo que está aí usa o suor da classe média para dar dinheiro aos pobres. Puro interesse eleitoreiro”. Já houve quem dissesse: “Esse governo está vendendo o Brasil. A miséria só aumenta”. Ou então: “Pra que essas reformas trabalhistas? Muitos direitos. Poucos Deveres”. E por aí vai.
Queremos ter representantes políticos que representem a sociedade ou que representem o que nós, enquanto indivíduos, queremos? Sendo ele federal, estadual ou municipal, o poder executivo tende mais para um lado. Não precisamos recorrer a exemplos históricos para comprovar tal análise. Sempre um determinado grupo social vai ser mais prestigiado; um projeto ideológico levado mais a fundo. E sempre teremos os satisfeitos e os insatisfeitos. Com copa ou sem copa. Queremos ver atitudes que agradem o nosso juízo, que se assemelhem às nossas convicções e (por que não?) aos nossos benefícios.
Tudo isso faz parte de um país democrático. O que não deve ser aceitável é ter complacência com certas atitudes, com certos posicionamentos dos revoltadinhos de plantão, apenas por ter posicionamento oposicionista. Muitos deles aplaudindo jornalistas que incitam o linchamento.