Sobre democratização da Saúde
Luciana Carrero
Não dá para ignorar. O corporativismo de muitos médicos brasileiros está agindo contra a livre medicina que o governo está implantando, com a participação dos profissionais cubanos, para preencher uma lacuna que a própria medicina brasileira deixou. Deveriam agradecer pela cobertura. Inaceitável a baixaria. Estes revoltosos e pouco humanistas médicos, que, felizmente, não são todos os médicos, precisam entender que os tempos mudaram; que não estão mais na condição dos filhinhos de papai que iam estudar na Europa, no tempo do império e no ínício da república, voltando de lá chamados doutores, sem nem mesmo defender uma tese. Situação que se estendeu por todo este tempo, criando uma casta que até hoje vigora. A presidência do Brasil, com o Programa mais médicos, iniciativa corajosa, está revolucionando o setor da saúde, no país. E está mexendo com o status dos "Dr" com ou sem tese que agora saem das faculdades locais. A democratização é um fenômeno inaceitável para as elites, não só para os médicos, mas para todas as profissões dominadoras do mercado e entronisadas nos seus redutos conquistados e mantidos, inclusive através da reserva de mercado dos seus conselhos. Novos ventos sopram no mundo. A Internet e as redes sociais empoderaram os povos. Embora as massas muitas vezes botem os pés pelas mãos, por falta de traquejo, fazem parte de uma alquimia de renovação, em busca da síntese, que vai chegando no presente e se expandindo ao futuro, até atingir objetivos perseguidos, em maior ou menor tempo; em maior ou menor grau. Nada mais é como antes. É um novo mundo maravilhoso que chega e que vai ser assimilado e controlado pela humanidade. Isto incomoda, e muito, aos poderosos de todos os setores. Chegará o dia em que não precisaremos mais eleger líderes, mas contratar executivos para cumprirem o que decidimos. Com o poder da comunicação seremos nós os senhores do nosso destino. A presidente não tem medo disso, haja visto que sancionou o marco civil da Internet. Ela sabe que está fazendo um papel de transição e não precisa temer passar o Brasil para outros executivos, no futuro, a fim de prosseguirmos a caminhada da libertação. Não sou filiada nem militante do seu partido, mas o governo atual precisa permanecer por muitos anos, a fim de solidificar definitivamente o que foi feito, no social, e que ainda está somente nas bases desse novo tempo. Enquanto isto, na mesma esteira de médicos corporativistas, muitos opositores e companhias híbridas se debatem e se debaterão em seus túmulos eleitoreiros, querendo ressucitar. Estes jamais se aliarão ao progresso do país. Estão por demais empedernidos na ideia fixa de conquistar o poder e de manter status, a fim de atender a desejos pessoais, sem nenhuma causa que os justifique. É desse tipo de comportamento que nascem as mentiras, a corrupção, o locupletar-se, a desordem e o regresso. Mas não vou mudar o pensamento equivocado. Tenho de me concentrar nas conquistas que estamos realizando e não perder o foco. Inimigos do país e muitos médicos corporativistas estão na mesma foto.