NOSSAS VACAS SAGRADAS

NOSSAS VACAS SAGRADAS

Não sê onde tenho lido que “nossos políticos são como as vacas sagradas da Índia”; e, vendo a foto que me envia minha amiga Dana Michele, não tenho mais que dizer que Sim. Esta imagem e a porta do Congresso, em Madri, vem-nos a dizer o mesmo, não tendo que mudar nem aos leões, pois estes não são mais que mansos borregos, e bem vir-lhes-ia um abraço, um beijo, como o do boi e a vaca figurados, e a nós, o povo, que somos a vaca do casamento, que servimos de diversión ou fazemos a despesa, pôr a mão embaixo das barbas, por caricia ou burla.

¿Rogem, talvez? Ouçam e olhem como torcem a boca com um rir descompasado os que estão dentro.” Mais bem Rebuznan”, diz um chefe Onagro, parecendo que chora.

A miséria, muito próximo da vida da Índia, é a mesma que à porta do Congresso. É a mesma miséria global que os ricachones apresentam em ponto sério em reuniões e

congressos, rindo-se dela como se riem as “marujas”, como diz Ovidio ao falar do riso das mozuelas, “que é como Rebuznar ao Jumento”.

Assim é, de seguro, o sabemos, e não faz falta ir a nenhum telediario, pois a televisão não é mais que a lerda pollina atada à escabrosa tahona da política de estado, e suas notícias idênticas ao Rebuzno do Asno, e eu suspeito que é o único que entendem os majaderos se tampando a boca.

Aqui, na foto, como nos protestos dos “Dignos e Indignados”, só se salva o povo, e os produtos da Terra, claro. Terra que nunca crerá, porque não vai com ela, em deuses, semidioses, a cristología e seus contos, repletos de embustes e patrañas com a olha posta, como sempre, em embaucar a quatro majaderos, que, ainda que chegando dizem :” Voto a tal, que mente o tal bellaco”, seguem-lhes, pois são mestres do roubo ao povo ,e, eles, do conto de se deixar roubar para engordar aos bancos.

-Daniel de Cullá

Daniel de Culla
Enviado por Daniel de Culla em 01/05/2014
Código do texto: T4790245
Classificação de conteúdo: seguro