Plínio, o Burguês.

Na campanha presidencial de 2010, roubou a cena nos debates políticos televisionados um senhor de certa idade que defendia com convicção suas idéias socialistas. Era Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL. Irônico, objetivo, fez várias perguntas indigestas para os demais pleiteantes ao cargo público máximo que um alguém pode alcançar em sua vida política e adjetivou homericamente Marina Silva, do PV, de "ecocapitalista". (sic). Hoje me deu uma vontade de olhar a declaração de bens de alguns cadidatos e com base nas informações disponíveis pelo site DivulgaCand, do TSE, pude constatar que o comuna gente fina está entre os "2% da população mundial (zelite) que exploram os outros 98% que não tem o que comer por conta do egoísmo dos donos dos meios de produção e coisa e tal". Sua fortuna totalizava, àquele ano, a bagatela de R$ 2.147.104,06. Como vivemos em um país onde a matemática financeira é feita em juros compostos, certamente ele deve estar quase apto a entrar na lista da Forbes nos dias de hoje. Tem aplicações e investimentos dos mais variados tipos. Como em geral as pessoas de esquerda gostam de posar na mídia como samaritanas, pergunto eu ao generoso (?) senhor do PSOL quantas pessoas com fome poderiam jantar e almoçar aqui no Nordeste com esta fortuna acumulada e se o mesmo estaria disposto a dela se desfazer em nome de uma causa humanitária...sei que ele nunca me responderia pois sou um desconhecido fora da minha cidade, mas a resposta que obteria se porventura o burguês Plínio me respondesse seria obviamente um NÃO. É hipocrisia criticar um sistema econômico da qual se beneficia.

Caio Ferro
Enviado por Caio Ferro em 10/03/2014
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