PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
GERALDO VANDRÉ
Cantei muito essa música, que era um hino estudantil nas passeatas. Eu era um menino franzino que começara o ginasial e não entendia muito o porquê das passeatas mais como todos os estudantes participavam, eu ia junto. Emocionava-me ver a forma patriótica dos estudantes e do povo em manifestações pacíficas destoando apenas pela intervenção militar na repressão. Não era como hoje, a baderna e o vandalismo que vemos e tomamos conhecimento pelo noticiário.
Conseguia-se muito mais com canções amores e flores e não com desorganização desmedida e terrorismo desenfreado. Não se consegue nada assim. E pensar que toda aquela luta por liberdade e democracia resultou no que vemos agora: Os políticos – e principalmente eles – dando péssimo exemplo com sua conduta desonesta e irresponsável. O estado deplorável em que se encontra a saúde e a educação. O transporte público precário e a fome assolando o país. E o governo democrático afirmando que tudo está bem e gastando milhões para patrocinar uma Copa do Mundo que só será vista por poucos que tem condições para pagar ingressos exorbitantes.
Temos sim que dar um basta! A democracia tem que ser mantida, porém não ao nível da baderna em que se encontra.
Todo descontrole gera insatisfação e toda insatisfação chega ao limite. Daí a intolerância descamba em busca de resultados que faça voltar a normalidade.
Tudo é plausível, tudo é aceitável, desde que coerente, porém não devemos jamais nos esquecer da suavidade do canto nem da delicadeza das flores. A truculência não deve ser estimulada jamais. Busquemos o exemplo nas flores que ainda semente usa sua força para romper a terra, brotar e crescer exuberante. Não nos esqueçamos das flores.
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
GERALDO VANDRÉ
Cantei muito essa música, que era um hino estudantil nas passeatas. Eu era um menino franzino que começara o ginasial e não entendia muito o porquê das passeatas mais como todos os estudantes participavam, eu ia junto. Emocionava-me ver a forma patriótica dos estudantes e do povo em manifestações pacíficas destoando apenas pela intervenção militar na repressão. Não era como hoje, a baderna e o vandalismo que vemos e tomamos conhecimento pelo noticiário.
Conseguia-se muito mais com canções amores e flores e não com desorganização desmedida e terrorismo desenfreado. Não se consegue nada assim. E pensar que toda aquela luta por liberdade e democracia resultou no que vemos agora: Os políticos – e principalmente eles – dando péssimo exemplo com sua conduta desonesta e irresponsável. O estado deplorável em que se encontra a saúde e a educação. O transporte público precário e a fome assolando o país. E o governo democrático afirmando que tudo está bem e gastando milhões para patrocinar uma Copa do Mundo que só será vista por poucos que tem condições para pagar ingressos exorbitantes.
Temos sim que dar um basta! A democracia tem que ser mantida, porém não ao nível da baderna em que se encontra.
Todo descontrole gera insatisfação e toda insatisfação chega ao limite. Daí a intolerância descamba em busca de resultados que faça voltar a normalidade.
Tudo é plausível, tudo é aceitável, desde que coerente, porém não devemos jamais nos esquecer da suavidade do canto nem da delicadeza das flores. A truculência não deve ser estimulada jamais. Busquemos o exemplo nas flores que ainda semente usa sua força para romper a terra, brotar e crescer exuberante. Não nos esqueçamos das flores.