Ditadura no Brasil - Os jovens precisam saber
Luciana Carrero
O candidato a um emprego, na ditadura militar, precisava apresentar um "Atestado de Antecedentes Políticos e Sociais", denominado "Atestado Ideológico", que era fornecido pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), a quem não tinha ficha no órgão. Para ser fichado e nunca mais conseguir emprego no Brasil, bastava discordar do governo militar e manifestar-se a respeito. A censura controlava a literatura, a música, as artes, a imprensa e as comunicações em geral. Os artistas tinham que fazer músicas com letras camufladas para criticar o governo, a fim de não serem presos. Então usavam termos e palavras que o militarismo não conhecia. Mesmo assim, pessoas em todas as áreas da comunicação eram perseguidas, presas, interrogadas e sentenciadas pelo regime.
Extinguiram-se os partidos políticos e conservou-se apenas o partido militar, que denominado Arena, e o MDB, hoje PMDB, que servia de sustentação ao regime, para camuflar a ditadura perante o mundo e a própria nação, pois, segundo seus critérios, ter dois partidos era sinal de democracia. O MDB permaneceu por todo o período como ator coadjuvante da grande tragicomédia da política brasileira. Líderes oposicionistas foram banidos do Brasil, como Leonel Brizola e João Goulart, condenados ao exílio. A Ditadura começou em 1964 e durou 20 anos. Auto-denominavam-se revolucionários, mas o povo os tachava de golpistas. Lula combateu o militarismo desde o início, praticamente, e foi perseguido pela ditadura. Hoje o Brasil é um país livre e democrático. O PT de Lula implantou a democracia, que agora está sendo ameaçada por interesses estranhos.
Eles diziam "Revolução de 1964" e o povo dizia; "Golpe Militar de 64". Jovens, pesquisem, estudem e ajam através do voto para o que acharem melhor para o país. Hoje está mais fácil pesquisar, na Internet, mas têm de se cuidar para não cairem em conversas de golpistas.